A esporotricose é uma infecção de caráter zoonótico causada por fungos do gênero Sporothrix spp. e potencialmente fatal se for diagnosticada tardiamente. Na rotina clínica veterinária, têm se tornado comuns os diagnósticos de esporotricose, levantando interesse da saúde pública pelo seu alto potencial de transmissão e infecção. Assim, o presente trabalho objetiva relatar um caso a fim de evidenciar a importância do diagnóstico precoce para eficácia do tratamento e recuperação do paciente. Para isso, foi selecionado um caso de Abril de 2025 do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira da Universidade Federal Rural da Amazônia, no qual um paciente felino, macho, castrado, de 3 anos e pesando 4,60 Kg, deu entrada no setor da infectologia, onde a tutora relatou que o animal apresentava uma lesão na mucosa bucal e que ele já havia tido contato com outro felino que veio a óbito por esporotricose. Diante disso, a médica veterinária solicitou hemograma e cultura fúngica para uma amostra coletada da lesão bucal para investigar a suspeita de esporotricose. O resultado do hemograma estava dentro dos parâmetros de referência. No entanto, a cultura fúngica apresentou resultado positivo para o gênero Sporothrix spp. Dessa forma, foi iniciado o protocolo de tratamento com administração de itraconazol em forma líquida na concentração de 100 mg/mL, sendo administrado 1mL, SID durante 90 dias. Durante o tratamento, o animal fazia consultas mensais para o acompanhamento do caso. Após a repleta cicatrização da lesão, o felino foi classificado como recuperado, recebendo alta do setor da infectologia. Portanto, conclui-se que o diagnóstico precoce em casos de esporotricose é peça fundamental para a recuperação do paciente, já que a aplicação de uma conduta terapêutica pontual e eficaz previne a proliferação da doença, além de assegurar a sanidade e bem estar animal.