A ruptura do ligamento cruzado é uma condição ortopédica que resulta na perda da estabilidade do joelho e causa claudicação do membro pélvico devido à dor provocada pelo deslizamento anormal entre o fêmur e a tíbia. Diante disso, a osteotomia de nivelamento platô tibial (TPLO) se caracteriza como uma alternativa de tratamento, que permite modificar a angulação anatômica, rotação e estabilização da região da tíbia. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico da espécie canina, fêmea, sem raça definida, com 10 anos de idade, atendido no Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira, localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (HOVET-UFRA) em Belém. O animal apresentava há 7 dias dor e claudicação no apoio do membro posterior direito. Além disso, foi mencionado que o paciente possuía histórico de luxação patelar ainda filhote, o qual foi tratado apenas com suplementação. Durante o exame físico, foi realizado o teste de gaveta e de compressão tibial, na qual observou-se o deslocamento cranial da tíbia, sugerindo insuficiência do ligamento cruzado cranial. O laudo radiográfico foi sugestivo de insuficiência ou ruptura ligamentar, corroborando com a suspeita inicial. Após a confirmação do diagnóstico, o animal foi liberado para realizar os procedimentos para a avaliação pré-operatória como hemograma, bioquímico e eletrocardiograma, os quais não apresentaram alterações nos parâmetros fisiológicos. Dessa forma, o animal estava apto para o procedimento cirúrgico. Diante disso, a cirurgia foi realizada com sucesso utilizando a técnica cirúrgica adequada juntamente com material ortopédico, a escolha dos implantes ósseos foram placa para TPLO 2.7 direita, 3 parafusos de 18 mm, 2 parafusos de 20 mm, 2 parafusos de 22 mm, 2 pinos de 1,5 mm e 1 broca de 2 mm. De modo que, o animal apresentou completa recuperação do pós-cirúrgico com melhora nos sinais de dor e claudicação, garantindo assim uma qualidade de vida adequada. Portanto, o presente estudo ressalta a importância de uma intervenção cirúrgica em casos de ruptura do ligamento cruzado, quando essa patologia apresenta danos significativos para o bem-estar do paciente. Da mesma maneira, é de fundamental importância que o diagnóstico seja realizado precocemente e que haja um acompanhamento ortopédico desde a confirmação do quadro clínico.