O seguinte relato, tem como objetivo abordar o caso de um felino, macho, fértil, de 1 ano que deu entrada no setor de emergência do Hospital Veterinário Prof. Mário Dias Teixeira (Hovet-UFRA) apresentando um quadro de Doença do trato urinário inferior (DTUIF) em decorrência ao quadro de cistite recorrente com o relato de abdominalgia, vocalização excessiva e disúria a 2 dias, já tendo realizado uma penectomia há 6 meses devido um quadro de anúria por obstrução uretral pelo acúmulo de sedimentos impossibilitando a lavagem de protocolo e sondagem. Após a avaliação do estado geral foi realizada uma cistocentese de alívio e o paciente foi encaminhado para uma nova intervenção cirúrgica, após a realização dos exames pré operatórios, realizou -se uretrostomia. Os procedimentos cirúrgicos realizados são em virtude -maior parte dos casos- de obstruções recorrentes. A penectomia consiste na técnica de remoção cirúrgica do pênis, quanto a uretrostomia constrói uma fístula na uretra pela secção dos músculos isquiocavernosos e isquiouretais em suas origens no ísquio, utilização das glândulas bulbouretrais como referência, Em seguida, uma sutura da mucosa uretral dorsal e à fixação dos dois terços proximais da uretra peniana à pele. Durante o procedimento cirúrgico o paciente apresentou arritmia cardíaca, conduzindo ao encaminhamento monitorado pós cirúrgico. Na retirada da sonda uretral, no pós cirúrgico, observou a ausência da sutura anterior, realizou-se assim a substituição da sonda e o reforço dos pontos no intuito do êxito da uretrostomia. Após isso, em outro retorno, observou-se processo de cicatrização, com a presença dos pontos e crostas ao redor da incisão cirúrgica, contudo sem sugestões de inflamação. Em decorrência do acompanhamento, houve a troca da sonda novamente e a antissepsia do local.Por fim, após a retirada da sonda em outra consulta, observou-se a eficácia no controle do quadro obstrutivo, e o paciente recebeu alta médica sem apresentar recidiva. Foram adotados um manejo nutricional adequado, maior estímulo à ingestão hídrica e orientações quanto ao manejo ambiental, fatores essenciais diante da predisposição a quadros recorrentes de DTUIF. Ressalta-se, portanto, a necessidade de atenção contínua para garantir melhor qualidade de vida após a realização do procedimento cirúrgico.