Os abrigos de animais exercem papel fundamental no acolhimento de cães e gatos, mas enfrentam desafios relacionados ao saneamento, ao controle de parasitas e ao manejo adequado. Essas deficiências comprometem o bem-estar dos animais, favorecem a disseminação de zoonoses e aumentam a sobrecarga dos cuidadores. Nesse cenário, os projetos de extensão universitária tornam-se estratégias importantes para aproximar universidade e comunidade, promovendo ações educativas e aplicação prática do conhecimento científico. Este trabalho relata a experiência de um projeto de extensão desenvolvido em abrigo de animais, com foco na orientação dos cuidadores sobre práticas de higiene, manejo e controle parasitário, visando o fortalecimento da saúde única e do bem-estar coletivo. O projeto foi realizado no Abrigo Xerimbabos, em Outeiro (Belém-PA), entre março e junho de 2025, com a participação de cinco discentes de Medicina Veterinária da Universidade da Amazônia, sob supervisão docente. As ações envolveram diagnóstico das condições de higiene e manejo, oficinas educativas com os colaboradores abordando biossegurança, higienização e controle parasitário, além de intervenções práticas de limpeza, enriquecimento ambiental e entrega de donativos. O projeto obteve resultados relevantes, com participação ativa de mais de 70% dos cuidadores nas oficinas. Observou-se melhora significativa na higiene do abrigo, redução da incidência de ectoparasitas e vermifugação de aproximadamente 80% dos animais. Para os discentes, a vivência representou oportunidade de desenvolver competências como empatia, comunicação e responsabilidade social, além de proporcionar contato direto com um contexto de vulnerabilidade socioeconômica e desafios ligados ao bem-estar animal. A experiência mostrou-se eficaz para aprimorar práticas de manejo e saneamento em abrigos, beneficiando tanto os animais quanto os cuidadores, ao mesmo tempo em que contribuiu para a formação integral dos estudantes. O projeto reforça a relevância da extensão universitária como instrumento de transformação social e evidencia a importância do bem-estar animal e da saúde única como prioridades na atuação da Medicina Veterinária
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