ANÁLISE COMPORTAMENTAL DE OVINOS SANTA INÊS MANEJADOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE CRIAÇÃO EM SANTARÉM, PARÁ

  • Autor
  • Carlos Eduardo Lima Sousa
  • Co-autores
  • Rubens Lima de Andrade , Raquel Silva de Holanda , Luane Caroline Pinto Pantoja , Luís Gustavo Paixão Vilela , Vanessa Sousa Pinto , Éder Bruno Rebelo da Silva , Welligton Conceição da Silva
  • Resumo
  • O comportamento dos ovinos pode ser alterado pelos diferentes sistemas de criação, refletindo no conforto, bem-estar e produtividade dos bovinos. Portanto, objetivou-se analisar o comportamento de ovinos Santa Inês manejados em dois diferentes sistemas de criação em Santarém, Pará, Brasil. Foram utilizadas 20 fêmeas Santa Inês, não castradas, não lactantes e clinicamente saudáveis, com idade entre 22 e 24 meses, peso de 27,19 ± 6,17 kg, distribuídas aleatoriamente em dois sistemas: Sistema Tradicional – ST (n = 10), conduzido em piquete sem sombra e Sistema Silvipastoril – SP (n = 10), com árvores e sombrites. O Índice de Temperatura e Umidade (ITU) foi calculado a fim de avaliar a situação de conforto térmico dos animais. Os dados foram analisados no programa SAS considerando 5% de significância. O ITU indicou que o ST apresentou condições desafiadoras para a criação de ovinos, com estresse térmico moderado pela manhã (80) e severo à tarde (89). Em contrapartida, no SP, observou-se ausência de estresse no período da manhã (72) e estresse moderado no turno da tarde (79) (p < 0.0001). Houve diferença (< 0,001) entre os sistemas SP (43,08%) e ST (56,92%) entre os turnos no comportamento de pastejo. No SP, os ovinos pastejaram com maior frequência no turno da manhã (45,23%), seguido da madrugada (44,06%) e noite (44,04%). No ST os animais desempenharam maior atividade no turno da tarde (60,53%), seguido da madruga (55,94%) e manhã (54,77%). Houve diferença (p < 0,001) no SP (35,73%) e ST (64,27%) para o comportamento ócio em pé. No SP os animais realizaram maior atividade para o comportamento período da madrugada (53,28%), seguido da noite (53,35%) e manhã (32,59%). No ST os animais executaram com maior frequência no turno tarde com 92,72%, sucedidos do turno da manhã (67,41%) e noite (47, 65%). Verificou-se diferença (p < 0,001), no SP (37,92%) para o comportamento ruminando em pé. No SP teve maior frequência desse comportamento pelo turno da madrugada (47,23%), seguido pela noite (39,19%) e tarde (6,64%). Já no ST para o comportamento ruminando em pé correspondeu a (62,08%) do tempo total observado, os ovinos apresentaram maior frequência de comportamento no turno da manhã (93,62%), seguido pela tarde (93,36%) e noite (60,81%). Portanto, o SP ofereceu melhores condições de conforto e bem-estar, permitindo a expressão de seus comportamentos naturais e configurando-se como uma alternativa sustentável na criação de ovinos.

  • Palavras-chave
  • Ócio, Pastejo, Ruminação.
  • Área Temática
  • Produção Animal e Reprodução Animal
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