Aos cuidados do pai: promoção da paternidade nos cuidados com o bebê no âmbito da saúde/hospitalar

  • Autor
  • Ricardo Guimaraes dos Santos
  • Co-autores
  • Fabiana Regina da Silva Grossi
  • Resumo
  •  

    O pai, historicamente, teve um papel apenas de provedor e auxiliar da figura materna. Atualmente, verifica-se o contexto da saúde e hospitalar um espaço privilegiado para o reforço do vínculo pai e filho. O presente trabalho objetivou analisar a importância da promoção da paternidade nos cuidados com o bebê no âmbito da saúde/hospitalar. Foi realizada uma revisão integrativa na língua portuguesa, com as palavras-chave “Paternidade”, “Cuidado” e “Hospitalar” nas bases de dados Portal Capes e BVS (Virtual Health Library). Dos 38 materiais encontrados, foram selecionados sete, sendo uma tese, uma dissertação e cinco artigos, sem definição de ano, sendo excluídos apenas os repetidos e que não eram condizentes com a temática. Os resultados foram divididos em três categorias: prematuridade, filho hospitalizado e promoção da paternidade no serviço de saúde. A vivência do pai com o filho prematuro causa insegurança na paternidade, sendo que, há limitação de contato direto com o bebê na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Os profissionais de saúde podem facilitar/dificultar o contato do pai com o bebê; sendo que, há pouco acolhimento nesta prática. Informações sobre o estado de saúde do bebê se mostraram importante, bem como a confiança com os profissionais que participam do processo de internação hospitalar. Na alta, prevalece o sentimento de alegria e responsabilização pelos cuidados do filho. Foi evidenciada a importância da figura paterna na assistência humanizada, visto que, existe mais consciência e participação dos pais. O papel do pai ainda é visto de forma ambivalente no contexto hospitalar, ora como reconhecido em um lugar de vinculação com o filho, ora como provedor e auxiliar apenas dos cuidados maternos. A lei do acompanhante representa um avanço para a garantia de direitos na relação pai-filho. Em relação a promoção da paternidade nos serviços de saúde, os estudos mostraram que permanece entre os pais o medo de perder o trabalho, devido à demora na resolução das demandas. Percebe-se que raramente os pais são inseridos no pré-natal das mulheres. Ademais, a crença cultural de que os homens possuem menos cuidado com a própria saúde implica negativamente nos cuidados com o filho. O estudo mais antigo da revisão (Centa, 1981), apresentou que os homens possuíam papel de auxiliar nos cuidados com a mãe, demonstrando as mudanças do papel paterno na atualidade, em que há mais desejo de envolvimento e protagonismo. Porém, já problematizava a discussão entre os profissionais de saúde e inserção da temática em cursos de saúde.  Diante do exposto, notou-se que com o passar do tempo, o pai aumenta o desejo em se inserir nos cuidados do filho, especialmente no contexto hospitalar, em que existe preocupação com o desenvolvimento e recuperação do bebê. O trabalho e os profissionais de saúde podem ser fatores impeditivos ou dificultadores para o sucesso na participação dos cuidados paternos em serviços de saúde e hospitalares. 

  • Palavras-chave
  • Paternidade, Cuidados, Saúde/Hospitalar.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Saúde
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