A Psicogerontologia, como a própria etimologia sugere, é a junção das disciplinas da Psicologia e Gerontologia, voltada para compreender os intricados processos do envelhecimento sob múltiplas perspectivas À medida que o tempo avança, observa-se uma diminuição na capacidade de processamento cognitivo fluente, resultado da diminuição das redes neurais encarregadas do processamento de informações, aliado a transformações nos domínios emocionais e cognitivos. (Baltes, 1993). O objetivo deste estudo é aprofundar a compreensão das estratégias da abordagem psicogerontológica na promoção da qualidade de vida e no fortalecimento das habilidades adaptativas em idosos. A metodologia empregada envolveu uma abrangente revisão da literatura científica, que selecionou artigos relevantes por meio das plataformas digitais Pubmed, Pepsic e Google Acadêmico, com base nos termos de busca "velhice", "intervenções psicogerontológicas" e bem-estar. No contexto da atuação profissional, o psicólogo gerontólogo assume um papel diversificado e de grande impacto. Suas atividades variam desde avaliações psicológicas até intervenções terapêuticas, incluindo orientações tanto para os idosos quanto para seus familiares. Além disso, o profissional desempenha um papel ativo na transformação das percepções em torno do avanço da idade, liderando intervenções terapêuticas em formato individual e grupal, gerenciando crises e oferecendo consultoria institucional. Sua contribuição estende-se também ao planejamento e adaptação de ambientes diversos, como residências, asilos e hospitais, com o objetivo de enriquecer a experiência de vida dos idosos. Ao longo de décadas, a análises de estudos evidenciam respostas positivas da abordagem psicogerontológica, otimizando o bem-estar geral dos idosos, preservando funções cognitivas e reduzindo os riscos de transtornos depressivos e ansiosos. ( Chnaider, 2021). Além disso, destaca-se a possibilidade de preservar e acentuar funcionalidades elementares, como visão, audição e rapidez dos movimentos, no envelhecimento. Isso resulta da manutenção por exercícios das funções em declínio e da capacidade de adaptação do cérebro senil, mostrando-se parcialmente maleável e ajustável. Conforme a população idosa se torna uma parcela cada vez mais relevante da sociedade brasileira, emerge a necessidade de atender às novas demandas nos âmbitos familiar, social, político, econômico e de saúde. Nesse contexto, o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) desempenha um papel de destaque, ao estabelecer direitos e garantias que se relacionam diretamente à saúde mental e psicológica na fase sênior da vida. (Paim, 2003). Em síntese, as atividades recomendadas, como yoga adaptado, caminhadas terapêuticas e dança para o cérebro, demonstram como atividades que incorpora o movimento físico podem aprimorar a saúde mental e emocional dos idosos. Esse enfoque cuidadoso e holístico, pode ser uma fase de realizações significativas, relações fortalecidas e aprendizado constante. A Psicogerontologia assume, assim, um papel crucial na compreensão do processo de envelhecimento saudável, enfatizando a importância da intervenção psicogerontológica como meio de promover o bem-estar emocional, cognitivo e social dos idosos. Conforme a sociedade enfrenta desafios demográficos e culturais em relação ao envelhecimento a abordagem que transcende disciplinas da Psicogerontologia emerge como uma ferramenta essencial para nutrir a inclusão e a vitalidade nas gerações mais experientes.
Comissão Organizadora
Profª. Dra. Fabiana Regina da Silva Grossi
Prof. Dr. José Rafael de Souza
Prof. Me. Celso Almeida de Lacerda
Profª. Me Catiana Nogueira dos Santos
Prof. Me. Diego Clímaco Patrocinio
Profª Me. Suellem Urnauer
Profª Me. Marilucia Freitas Rios
Comissão Científica