O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza como um transtorno do neurodesenvolvimento, tendo por principais características prejuízos na comunicação e meio social, como também comprometimento motores e por vezes estereotipias e padrões restritos de comportamento (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION [APA], 2014). O diagnóstico do TEA é de certa forma complexo de ser atingido, é nesse período que os pais enfrentam ansiedade, medo, confusão e estresse psicológico, principalmente por conta de possíveis expectativas que foram geradas ainda durante o período gestacional (RODRIGUEZ, 2018). Segundo Ribeiro (2012 apud RODRIGUEZ, 2018), os pais de crianças com o diagnóstico de TEA apresentam um nível maior de estresse e comprometimento psicológico, devido aos dilemas de lidar com os comportamentos disfuncionais, além de suceder um sentimento de luto pela dificuldade de aceitação do diagnóstico (SILVA JUNIOR 2012, apud LIMA et al, [s.d.]). Outra dificuldade apresentada pela família é o preconceito, justamente por alguns comportamentos atraírem a atenção de outras pessoas (LIMA et al, [s.d]). Compreende-se que o comportamento dos pais são grandes influenciadores para o comportamento dos seus filhos derivados das suas próprias crenças, desse modo, é importante a intervenção psicológica diante desses casos (RODRIGUEZ, 2018). O estudo foi elaborado a partir de artigos e livros embasados no método científico, tendo como objetivo identificar a importância e contribuições da prática psicoterapêutica para pais de crianças com TEA. Essa pesquisa estabeleceu o método bibliográfico, de caráter qualitativo e descritivo, propiciando a investigação do fenômeno em questão, trazendo a valorização relacionada ao que está em estudo e das suas relações, e aberta para individualidade do pesquisador (GIL, 2008). Analisando todos os dados antes citados por meio, é possível concluir que existe sim uma demanda por trás desta vivência existente entre pais de filhos com TEA, assim, não se trata apenas de uma criança com um transtorno, mas de uma criança em convívio com fatores externos que modificam o seu sujeito. Dessa forma, Lazarus e Folkman (1982, apud SCHMIDT; BOSA, 2003) propõem a utilização do Coping como mecanismos de enfrentamentos, onde eles identificaram duas formas principais, sendo a primeira trabalhar com as estratégias para definição do problema, criar soluções alternativas e implementar alternativas escolhidas, que no caso teria como foco a problemática, e posteriormente trabalharia com um foco nas emoções, desenvolvendo ações que controlam o estado emocional. Tal mecanismo na aplicação em pais de crianças portadoras do TEA serve não apenas para questões estressantes, mas para tratar outros fatores que provocam dificuldade neste processo. Esses métodos de enfrentamento visam auxiliar os pais, a fim de facilitar e melhorar com as possíveis frustrações e dificuldades que venham a surgir. É compreensível após o que foi apresentado, a necessidade de suporte e acompanhamento aos pais, desde o início do diagnóstico da criança.
Comissão Organizadora
Profª. Dra. Fabiana Regina da Silva Grossi
Prof. Dr. José Rafael de Souza
Prof. Me. Celso Almeida de Lacerda
Profª. Me Catiana Nogueira dos Santos
Prof. Me. Diego Clímaco Patrocinio
Profª Me. Suellem Urnauer
Profª Me. Marilucia Freitas Rios
Comissão Científica