MORTE E O MORRER O LUTO NA VISÃO INFANTIL.

  • Autor
  • Julia Worm de Almeida
  • Co-autores
  • Shyrley Souza de Jesus , Beatriz Nunes Rodrigues , Ingred Isabel Souza dos Santos
  • Resumo
  • De acordo com a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross (1996) o luto é a denominação da fase 

    posterior a perda de alguém próximo, onde o indivíduo enlutado caminha para a elaboração 

    do luto e reorganização da sua vida após a perda. Para Vygotsky (1984-1934), na fase do

    desenvolvimento infantil, as crianças reproduzem as ações dos pais e adultos presentes em seu 

    ciclo social e que a visão de mundo de cada sujeito é individual. O presente resumo tem como 

    objetivo analisar a percepção infantil sobre o significado do luto, da morte e do morrer em sua 

    vida e temo como método a revisão de literatura de artigos e livros. Neste âmbito começamos 

    a realizar uma busca sobre as fases do luto apresentada por Elisabeth Kübler-Ross (1996) que 

    são: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação e como as crianças diante dos estudos 

    do desenvolvimento infantil podem compreender de que forma ocorre o luto em suas vidas.

    Vale resgatar que é necessário identificar como é assimilado pela criança e como isso pode 

    afetar psicologicamente ao longo da vida. A dificuldade de falar sobre a morte tem relação 

    direta com a nossa cultura, pois representa perda, abandono e medo do desconhecido. E do 

    mesmo modo é difícil falar sobre os sentimentos despertados pela morte, uma vez que se 

    necessita “falar com o coração.” (HISATUGO, 2000, p. 16). Não falar da dor não significa 

    não a sentir, muitas vezes, as crianças podem estar sofrendo e não lidando com a perda de 

    modo saudável. É necessário que a criança vivencie os sentimentos do luto; ela deve ser 

    encorajada a falar sobre o que está sentindo, para conseguir elaborar esse luto, impedindo que 

    ele se mantenha indefinidamente (MAZORRA, 2001). Para elaborar o luto, conforme 

    Kovács (2007, p. 74), é indispensável que as crianças recebam informações abertas sobre a 

    morte, do contrário, abre-se espaço para o medo e para a culpa, ou seja, “[...] as tentativas de 

    ocultar o fato ou diminuir sua importância tendem a dificultar a compreensão.” De acordo 

    com Torres (1999), a maneira mais saudável de ajudar as crianças que perderam alguém 

    significativo é promover uma comunicação aberta e segura, proporcionando a elas tempo 

    suficiente para expressar seus sentimentos. De acordo com Kovács (2007), a psicoterapia com 

    crianças enlutadas apresenta-se como forma de cuidado, já que a comunicação das crianças 

    não se restringe à forma oral, a comunicação é fundamental, requer uma maneira especial de 

    escutar a criança e acompanhá-la em suas brincadeiras, desse modo, o contato deve ser livre 

    de censura, proporcionando um espaço para expressão de sentimentos, uma vez que a criança 

    se sente acolhida e compreendida e percebe que seus sentimentos estão sendo respeitadas. 

    Enfatizando a importância de analisar a fase de desenvolvimento de cada faixa etária e a 

    forma como a criança processa e se reorganiza diante do luto.

  • Palavras-chave
  • LUTO INFANTIL, MORTE, PSICOTERAPIA INFANTIL.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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