Complicaçoes da ingestão de baterias em crianças: Estudo de série de casos

  • Autor
  • Pedro Magalhaes Bittencourt
  • Co-autores
  • Paulo Fernando Souto Bittencourt , Marcela Magalhaes Bittencourt , Denise Oliveira Andrade , Rafael Faleiro Guerra Pinto Coelho , Maria Luiza Namem Suriani Barbosa
  • Resumo
  • Introdução: A ingestão acidental de corpos estranhos é frequente em crianças e pode representar uma emergência médica quando se trata da ingestão de bateria. O esôfago é o local mais comum de impactação. Dados da Associação Americana de Centros de Controle de Envenenamento, evidenciaram que no ano de 2019, foram registrados 3467 casos de ingestão de baterias. Estudos recentes também mostraram um aumento em sete vezes no risco de complicações causadas nesses acidentes. É importante salientar que 90% dos casos os pacientes são assintomáticos. Quando presentes, os sintomas relatados são: sialorréia, dor abdominal, odinofagia, náusea, vômito, irritabilidade, hematêmese e melena. O diagnóstico é embasado na anamnese e exames de imagem. As principais complicações relatadas são úlceras profundas, fístula traqueoesofágica, perfuração esofágica, estenose de esôfago e óbito. Objetivo: Descrever as complicações decorrentes da ingestão de baterias em pacientes pediátricos atendidos no serviço de endoscopia em um hospital de referência para esses acidentes. Delineamento e métodos: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários acompanhados pelo serviço de endoscopia, entre Janeiro de 2009 a Dezembro de 2022. Resultados: Quinze pacientes com idade de 14 a 66 meses, sendo 5 do gênero feminino e 10 do masculino, foram atendidos com complicações decorrentes da impactação da bateria no esôfago. Todos apresentaram complicações graves secundárias à impactação, sendo realizada a primeira endoscopia no período que variou de 8 a 48 horas. Todos os pacientes tiveram o acidente no próprio domicílio. As complicações dos pacientes foram: paciente 1 apresentou perfuração, mediastinite e pneumotórax/pneumomediastino; paciente 2 evoluiu com fístula esofagomediastinal ; os pacientes 3, 4,  5 e 14 com úlcera esofágica e estenose de esôfago; o paciente 6 com fístula esofagotraqueal e mediastinite e os  pacientes 7,8,9,10,11,12,13 e 15 úlcera profunda acometendo até a camada muscular do esôfago. Conclusão: Esse estudo demonstra a gravidade das complicações ocasionadas pela impactação das baterias no esôfago. Essas complicações geram importante morbidade como demonstrada. Assim, a prevenção primária se apresenta como melhor medida para redução da incidência da ingestão de corpos estranhos e a sua retirada por endoscopia deve ocorrer no menor tempo possível.

  • Palavras-chave
  • Ingestão de baterias, corpo estranho, crianças
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva
Voltar Download
  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

Comissão Organizadora

Comunic Eventos

Comissão Científica

Francisco Antônio Araújo Oliveira
André Novaes