Introdução: A estenose esofágica consiste no estreitamento do órgão e seu tratamento consiste majoritariamente em dilatação por via endoscópica, e sua principal complicação é a perfuração.
Objetivo: O objetivo do trabalho é relatar um caso em que ocorreu uma complicação com perfuração do esôfago, mas que com manejo adequado houve resolução completa.
Descrição do caso: Paciente feminina, 65 anos, natural e procedente de Uruguaiana com uma história prévia de ingestão de soda cáustica com posterior estenose de esôfago. Havia feito dilatações no passado e fazia alguns anos que não realizava o procedimento, foi encaminhada ao nosso serviço por disfagia importante. Foi realizada endoscopia digestiva alta diagnóstica identificando área de estenose e em um segundo momento realizada dilatação com velas de Savary-Gilliard, iniciando com velas de 9mm, 11mm e por último 12,8mm. Ao retirar esta última vela, foi identificada perfuração na parede esofágica e imediatamente realizamos a colocação de uma prótese totalmente recoberta cobrindo a área perfurada. A via aérea da paciente foi garantida com intubação orotraqueal e foi realizada passagem de uma sonda nasoenteral. Após 4 semanas retiramos a sonda e foi evidenciada completa cicatrização da área de perfuração. A paciente permanece bem até o presente momento e não necessitou de outras dilatações, visto que a prótese auxiliou no processo de dilatação do lúmen esofágico.
Conclusão: Perfurações são complicações mais frequentes em pacientes com estenose cáustica ou estenose péptica devido a friabilidade da parede do esôfago. Neste caso, após o manejo endoscópico, paciente evoluiu bem e sem outras complicações.
Comissão Organizadora
Comunic Eventos
Comissão Científica
Francisco Antônio Araújo Oliveira
André Novaes