Diagnóstico diferencial de estenose biliar indeterminada com auxílio de colangioscopia com SpyGlass

  • Autor
  • Annita Cavalcante Farias Leoncio Cardoso
  • Co-autores
  • Carlos Kiyoshi Furuya Junior , Edson Ide , Bruno da Costa Martins , Raphael Augusto Saab De Almeida Barros , Paulo Sakai , Christiano Makoto Sakai , Fabio Kassab , Fauze Maluf Filho , Ricardo Sato Uemura
  • Resumo
  • Introducao O diagnóstico entre as estenoses biliares é desafiador e requer uma investigação ampla na determinação da sua etiologia, que podem ser classificadas em benigna, maligna ou indeterminada. Objetivo Relatar caso de  paciente com colangite associado a estenose benigna de via biliar. Apresentação do Caso Homem, 55 anos, hígido, com antecedente de colecistectomia há 20 anos, iniciou quadro de dor abdominal associada a síndrome colestática evoluindo com colangite aguda. Realizou colangioressonância que evidenciou cálculo de 0,6 cm em colédoco distal. Foi submetido a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) com tentativa de varredura de via biliar sem sucesso, com afilamento do colédoco distal e realizada passagem de prótese biliar plástica. Paciente foi submetido a ecoendoscopia alta que mostrava discreta dilatação de hepatocolédoco proximal e médio. Após três meses, foi submetido a nova CPRE para retirada de prótese biliar, sendo identificada uma lesão única vegetante, com 5 mm, logo abaixo da confluência dos ductos hepáticos e cístico remanescente. Feitas biópsias sob radioscopia e passagem de prótese de via biliar. Resultado da biópsia foi coledocite aguda ulcerada com tecido de granulação.  Após 3 meses realizado colangioscopia com SpyGlass com evidência de pequena lesão polipóide logo abaixo da confluência dos hepáticos. Retirada da prótese e após quatro meses, nova colangioscopia Spyglass que não evidenciou mais nenhuma imagem ou alteração anatômica. Paciente mantem-se assintomático e em seguimento ambulatorial clínico.  Discussão Estenose biliar indeterminada é definido quando a etiologia não foi estabelecida pelo exame de imagem e a CPRE com biópsia transpapilar e/ou escovado não foi conclusiva. Dessa maneira, foi demonstrado que o uso da colangioscopia com biópsia direta possui uma alta sensibilidade para diagnóstico dessas estenoses quando comparado a biópsia transpapilar às cegas ou escovado citológico. A visualização macroscópica do aspecto da lesão, a localização, a presença de margens irregulares e a friabilidade, contribuem para ampliar a suspeita de neoplasia. Esta ferramenta, aliada à possibilidade de biópsia direta da lesão, significa um grande avanço no diagnóstico rápido e preciso das lesões biliares. Conclusão A colangioscopia com biópsia direta está associada a alta sensibilidade e especificidade na avaliação de estenoses biliares indeterminadas, devendo ser incluída na investigação diagnóstica destas entidades.

  • Palavras-chave
  • Estenose biliar ; Colangioscopia; Colangite
  • Modalidade
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  • Área Temática
  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva
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