BALÃO INTRAGÁSTRICO: ANÁLISE DE 118 CASOS

  • Autor
  • Walkiria Régia Ferreira Sousa de Sá
  • Co-autores
  • Hunaldo Lima de Menezes , Marília Costa Menezes , Lucas Costa Menezes , Lucas Costa Menezes; , José Adailton Pinheiro , Jhony Gusmão , Adriana Fialho; , Danielle Maia , Wilma Nogueira
  • Resumo
  • OBJETIVO

    Este trabalho teve como objetivo avaliar os resultados da utilização do dispositivo balão intragástrico (BIG) para perda de peso. A obesidade é uma doença multifatorial de grande prevalência e de caráter epidêmico alarmante, constituindo-se um dos principais problemas de saúde pública da atualidade. O BIG é uma opção para o tratamento da obesidade, implantado através de endoscopia digestiva alta. Esse método é indicado em pacientes superobesos com alto risco cirúrgico, como preparo pré-operatório, bem como em pacientes com IMC entre 25 e 35 associado a maus resultados do tratamento clínico, mesmo ocorrendo controle multidisciplinar supervisionado.

    MÉTODOS

    Fez-se uma análise retrospectiva de 118 casos, de julho de 2003 a julho de 2019, sendo 25 homens (21,2%) e 93 mulheres (78,8%). A idade variou entre 16 a 66 anos, com média de 35,4 anos. O peso variou de 70,0 a 154,0 Kg, com média de 95 Kg. O índice de massa corpórea médio foi de 35,3 Kg/m² variando de 27,0 a 50,9 Kg/m². Os pacientes fizeram preparo de 12 horas de jejum. Posteriormente, a passagem do balão foi realizada sob anestesia geral com paciente intubado (08 casos – 6,8%) ou procedimento ambulatorial (110 casos – 93,2%), utilizando-se midazolan e propofol. A alta foi dada no mesmo dia. Em todos os casos foram utilizados dispositivos não ajustáveis com recomendação de retirada com 06 meses. Em 110 casos (93,2%) utilizou-se balão preenchido com solução fisiológica em azul de metileno e em 08  casos (6,8%) utilizou-se balão preenchido por ar.

     

    RESULTADOS

    A perda máxima de peso foi de 32,6 Kg (36,8% do peso inicial) e a mínima foi 1,1 Kg (1,0% do peso inicial), sendo a perda média de 15,4 Kg (17,2%). O tempo médio de permanência do balão foi de 192 dias. As complicações foram dor epigástrica na 1ª semana (18 casos – 15,3%), náuseas (12 casos – 10,2%) e vômitos (16 casos – 13,6%). Em 09 casos (7,6%) houve hiperêmese com desidratação, havendo necessidade de internação para reposição hídrica, resultado em remissão do quadro. Três pacientes (2,5%) solicitaram a retirada do balão precocemente, os quais foram retirados entre 15 e 45 dias. Houve 01 caso (0,8%) de migração e eliminação espontânea do balão.

    CONCLUSÕES

    O balão intragástrico é uma alternativa bastante útil para o tratamento de casos selecionados de obesidade. O seu sucesso está alicerçado em indicação criteriosa, execução adequada e acompanhamento multidisciplinar.

  • Palavras-chave
  • balão intra-gástrico; obesidade
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva
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