DIVERTICULOTOMIA DE ZENKER POR VIA ENDOSCÓPICA

  • Autor
  • Walkiria Régia Ferreira Sousa de Sá
  • Co-autores
  • Hunaldo Lima de Menezes , Marília Costa Menezes , Lucas Costa Menezes , Larissa Cavalcanti Barros , Nilza Marques Luz , Andrea Agra Omena , Rogério Monteiro , Tadeu Gusmão Muritiba Filho
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO

    O divertículo de Zenker é uma doença rara, representando 1,8% dos pacientes com disfagia e 4% dos doentes com afecção de esôfago. É encontrado principalmente em homens, tem início assintomático, e geralmente, os pacientes manifestam os sintomas por volta da 7ª década de vida. A etiologia não é bem definida, mas observa-se uma disfunção no esfíncter superior do esôfago, gerando uma pressão elevada no interior da faringe, com conseqüente herniação progressiva da mucosa e submucosa em um ponto de fraqueza na musculatura da parede posterior do esôfago.

    OBJETIVO

    O presente trabalho tem por objetivo analisar e relatar seis casos clínicos com divertículo de Zenker, com enfoque para o tratamento endoscópico dessa afecção.

    MÉTODOS

    Trata-se de um estudo observacional longitudinal retrospectivo realizado no período de abril de 2006 a julho de 2022. Todos os pacientes foram submetidos a diverticulotomia endoscópica sob anestesia geral em centro cirúrgico, utilizando-se cateter tipo faca conectado a bisturi elétrico com corrente de corte, com secção total do septo diverticular, seguida da passagem de sonda naso-enteral para alimentação, permanecendo até deglutição indolor entre o 2º e o 5° dia. Todos foram submetidos a controle endoscópico e radiológico com 06 e 12 meses.

    RESULTADOS

    Os resultados apontaram 4 pacientes do sexo masculino e 2 do sexo feminino. A média de idade entre os pacientes foi de 77 anos, com uma idade mínima de 63 anos e máxima de 89 anos. Os principais sintomas referidos pelos pacientes foram; disfagia cervical, tosse, perda de peso, engasgo, halitose, pneumonia de repetição e odinofagia. Em relação às comorbidades associadas, 2 pacientes apresentavam Doença de Parkinson. A média do diâmetro do saco diverticular foi 2,9 cm, com uma variação entre 2,0 cm e 5,0 cm. Um dos pacientes apresentou recidiva da afecção dez anos após o tratamento endoscópico revelando um saco diverticular de 1,5 cm onde foi novamente abordado com êxito no tratamento.  Não houve complicações após o procedimento endoscópico. Todos foram submetidos a controle endoscópico e radiológico com 06 e 12 meses, que mostraram o sucesso do tratamento endoscópico.

    CONCLUSÃO

    A presença de divertículo de Zenker deve ser sempre cogitada em paciente idoso com disfagia cervical. O tratamento endoscópico foi efetivo, mostrando-se uma excelente ferramenta no tratamento dos divertículos faringo-esofagianos.

  • Palavras-chave
  • Divertículo faringo-esofagiano; Diverticulotomia
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva
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  • XV Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

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