IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL NO TRATAMENTO DA CRIANÇA HEMOFÍLICA

  • Autor
  • Tiago de Araujo Nunes
  • Co-autores
  • Carolina Barbosa Carvalho do Carmo , Gabriel Andrade de Santana Xavier , Mirella Jackeline de Andrade Rezende , João Pedro Aniceto Silva , Alexandre Nonino
  • Resumo
  • TÍTULO: IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL NO TRATAMENTO DA CRIANÇA HEMOFÍLICA

    INTRODUÇÃO: A hemofilia é uma doença reconhecida pela propensão a hemorragias em função da ausência ou deficiência de fatores de coagulação (FC). Em razão desse e de outros fatores estressores, a criança hemofílica pode ter seu desenvolvimento afetado, desse modo demandando abordagem psicossocial.

    METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE e Scielo, aplicando os descritores (“Hemophilia” AND “Quality of Life” AND “Systematic Review”). Foram pesquisados artigos em inglês e espanhol, publicados nos últimos 5 anos. Todos os 13 artigos tiveram seus resumos lidos. Foram selecionados 5, pois abordavam o manejo psicossocial da criança hemofílica.

    DESENVOLVIMENTO:  A hemofilia é uma coagulopatia hereditária rara com prevalência mundial estimada de 1.125.000 casos (Federação Mundial de Hemofilia), a maioria desses ainda sem diagnóstico. Em vista da ausência ou deficiência dos FC VIII, na hemofilia A, ou IX, na hemofilia B, a manifestação clínica principal é o sangramento cuja frequência e gravidade se correlacionam com os níveis de FC. Embora possam ocorrer em qualquer órgão, os episódios hemorrágicos frequentemente acometem articulações e produzem um processo inflamatório crônico denominado hemartrose, principal causa de morbidade da doença. Por se tratar de uma doença crônica e incurável, o tratamento é complexo, exigindo abordagem multiprofissional e participação familiar. Além do tratamento padrão, que consiste na reposição de FC, principalmente em relação a criança, deve-se considerar a necessidade de intervenções psicológicas com vistas a auxiliá-la a lidar com os mais diversos problemas psicossociais que possam afetar sua qualidade de vida, tais como o estresse pessoal e familiar relacionado a vivência da doença crônica; sentimentos de culpa, vergonha, raiva e pessimismo; e a dor que dificulta a realização de atividades comuns e gera desconforto emocional. Aliado a terapia psicológica, a prática de esportes traz benefícios e é recomendada, desde que sejam respeitadas as limitações e expectativas da criança.

    CONCLUSÃO: Apesar de rara, a hemofilia é uma doença que, sobretudo na infância, demanda o reconhecimento da necessidade de uma atuação multiprofissional, incluindo médicos, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, dentre outros, tendo em vista a oferecer um tratamento integral e melhorar o prognóstico e a qualidade de vida desses pacientes.

  • Palavras-chave
  • Hemofilia, qualidade de vida, revisão sistemática
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