Abordagem cirúrgica de paciente com Síndrome do Desfiladeiro Torácico, um relato de caso.

  • Autor
  • Mariana Barretto Pavoni
  • Co-autores
  • Andressa de Freitas Souza , Gabriel dos Santos de Azeredo Coutinho , Samuel de Jesus Fidyk , Guilherme Albuquerque Gruber , Larissa Radd Magalhães de Almeida
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) define-se por manifestações causadas pela compressão neurovascular na área do desfiladeiro torácico (triângulo interescaleno, costoclavicular e subcuracóide). Ocorre por variação anatômica ou muscular e causa sintomatologia do membro superior. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente feminina, 32 anos, relata dor à compressão em região torácica anterior com irradiação para membro superior direito (MSD) desde 2015. Relata ter sido diagnosticada com SDT. Evidenciou-se trombose bilateral das veias subclávias (VSC) sendo prescrito anticoagulação com enoxaparina. A angiografia prévia de 2018 exibia compressão da VSCD entre a clavícula e o 1° arco costal (AC) com o MSD abduzido, essa compressão era desfeita com o membro em repouso, restando uma redução discreta de calibre. VSCE apresentou-se permeável, mesmo com segmento curto de redução de calibre e irregularidade parietal coincidente com a topografia da compressão prévia à ressecção pulmonar costal esquerda, realizada em 2018 com bons resultados. Retornou em 2020 para cirurgia contralateral. A operação consistiu em abordagem cirúrgica vídeo assistida para fins de remoção de 1° AC. DISCUSSÃO: Segundo Silvestri (2005), a SDT é mais prevalente em mulheres de 20 a 50 anos. Conforme Urschel (1998), os sintomas variam conforme as estruturas envolvidas. Em compressão da veia subclávia, tem-se distensão venosa, edema e Síndrome de Paget-Schroetter. Em compressão da artéria subclávia, comumente: claudicação, trombose e alterações na temperatura. Em compressão nervosa simpática e/ou periférica: déficit motor, parestesia e, eventualmente, fenômeno de Raynaud (Filho - 2008). Para diagnóstico, associa-se o exame físico às análises vasculares e neurofisiológicas. Ademais, é imprescindível o requerimento dos exames pertinentes à conjuntura apresentada, tal como a angiotomografia do tórax. Destarte, os resultados são favorecidos com a tomada assertiva de condutas do profissional, tanto no aspecto clínico analítico, quanto na prática cirúrgica. CONCLUSÃO: O presente trabalho demonstra que em frente a um caso clínico de SDT, é importante a prática semiológica com exames complementares. Ademais,  angiotomografia de tórax pode ser vital para o diagnóstico da SDT, pois é evidenciado nela quais alterações ocorreram nas VSC. O tratamento clínico é a conduta inicial, e visa aliviar sintomas, utilizando analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares e repouso, e a intervenção cirúrgica em caso de falha no tratamento.

  • Palavras-chave
  • Síndrome do Desfiladeiro Torácico, Cirurgia Cardiotorácica, Trombose das veias subclávias , Síndrome de Compressão Nervosa.
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