TÍTULO Tumores Sólidos em Neonatos: uma revisão de literatura INTRODUÇÃO: São considerados tumores neonatais aqueles de diagnóstico no pré-natal ou nos primeiros 28 dias de vida pós-natal. Este estudo busca elucidar as principais características dos tumores sólidos em recém-nascidos (RN) e compreender as excentricidades deste grupo da oncologia pediátrica. METODOLOGIA: Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos encontrados nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir dos descritores “neonatal solid tumors”. Foram selecionados 7 estudos, em inglês, espanhol e português (Portugal), acerca dos tumores sólidos encontrados em recém-nascidos, publicados nos últimos 10 anos. DISCUSSÃO: Diferentes estudos estimam que os tumores neonatais representam 1 em cada 12.500-27.500 nascidos vivos. Estes são, na sua maioria, originários de células embrionárias, que apresentam crescimento exagerado e grave aspecto clínico. Além disso, podem ter características histológicas diferentes dos tumores de outras faixas etárias pediátricas. Em relação a sua etiopatogenia, um estudo analisado aponta que podem estar ligados, principalmente, a mutações genéticas em células germinativas dos progenitores. Outros, evidenciam que 20% dos tumores estão relacionados a anomalias e síndromes congênitas, como a síndrome de Beckwith-Wiedman. A sobrevida dos pacientes depende do tipo neoplásico e sua localização, do diagnóstico precoce e do tratamento ajustado, considerando a imaturidade de órgãos e tecidos dos recém-nascidos, que podem responder de maneira precária à toxicidade do tratamento quimioterápico. Nos trabalhos analisados, os principais tumores sólidos malignos foram: neuroblastomas, tumores de células germinativas e sarcomas de tecido mole. Os tumores benignos foram os teratomas sacrococcígeos e, em alguns estudos, foram considerados também hemangiomas, linfangiomas e hamartomas. A maioria dos RN foram tratados com cirurgia, para retirada total ou parcial das lesões e progrediram com bons resultados. Outros sofreram complicações pós-operatórias ou associadas à doença. CONCLUSÃO: Foi consenso entre os estudos que o diagnóstico precoce e a ação multidisciplinar são essenciais para tratamento desses tumores, pois, apesar de serem um desafio clínico, são doenças que possuem bom prognóstico e que tendem a apresentar boa resposta terapêutica. Além disso, múltiplos trabalhos expressaram a importância desses tumores serem estudados separadamente da oncologia pediátrica, por conta de sua raridade e diferenças em relação às demais faixas etárias.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica