Uso de antidepressivos entre estudantes de medicina da UCB

  • Autor
  • Noemi Vilela dos Anjos Barbosa Vieira
  • Co-autores
  • Letícia Figueiredo Bezerra , Camila de Oliveira Parreira , Osvaldo Sampaio Netto
  • Resumo
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    Introdução A depressão é uma doença de caráter crônico, recorrente e alto potencial incapacitante. Segundo a Associação Médica Brasileira a prevalência anual na população ocidental em geral está entre 3-11%. Estudos tem indicado que esse número é ainda mais alto entre estudantes de medicina.

    Metodologia Trata-se de estudo observacional e transversal, sendo parte de uma pesquisa maior realizada por meio da aplicação do questionário SuddenCardiacDeathofRiskFactors (SCD-SOS) a 391 estudantes do 1° ao 9° semestre do curso de medicina da Universidade Católica de Brasília no ano de 2018. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa, com parecer de aprovação número 3.066.592.Os questionários foram aplicados no edifício da Universidade Católica de Brasília. Os critérios de exclusão foram entrega do questionário não respondido em sua totalidade ou em branco, sendo excluídos 18 questionários. Não houve desistências da participação no projeto por parte dos estudantes. O presente estudo trata sobre uma das perguntas presentes no questionário referente ao uso de medicamentos.

    Resultados e Discussão Dentre os 373 questionários analisados, 113 (30,3%) referiram que usam algum medicamento de forma regular. Dentre os estudantes que usam alguma medicação 32,7% fazem uso de antidepresivos, resultado próximo ao de Cunha at al (2009) de 35,4%. Além de uso de ansiolíticos (2,7%), antipsicóticos (5,3%), estabilizadores de humor (4,5%) e benzodiazepínicos (2,7%). Aproximadamente 10% de todos os estudantes fazem uso regular de antidepressivo, achado semelhante ao de Ribeiro at  al (2014) de 11, 4%. Em uma revisão sistemática Roteinstein at al (2016) apontaram uma prevalência de 27,2% de depressão entre estudantes de medicina. Cybulski e Mansani (2017)  evidenciaram que mais da metade dos estudantes que apresentam  depressão não fazem uso de antidepressivo. Portanto é razoável considerar que a prevalência de depressão entre os estudantes de medicina do presente estudo é superior a 10%, que seria quantidade daqueles que já estão em tratamento.

     

    Conclusão A depressão é uma doença de impacto global que pode afetar de forma significativa a qualidade de vida e a funcionalidade, podendo levar também ao auto-extermínio. É necessária uma maior atenção à saúde mental dos estudantes universitários, em especial aos da área da saúde, por apresentarem maior prevalência de sintomas depressivos.  Deve-se buscar estratégias de apoio psicossocial de forma a minimizar danos e melhorar a qualidade vida desses estudantes.

     

  • Palavras-chave
  • antidepressivos, estudantes, medicina, depressão
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