Úlceras de pressão, um grande desafio frente à pandemia da Covid19, uma revisão de literatura.

  • Autor
  • Fausto Lustosa Fonseca
  • Co-autores
  • Thamyres Ferreira da Silva , Laura de Lima Crivellaro , Thicianie Fauve Andrade Cavalcante
  • Resumo
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    Introdução: A pandemia pelo SARS-CoV-2 proporcionou a difusão de técnicas alternativas para a ventilação mecânica prolongada. Além da posição supina, muitos são posicionados de forma prona. Logo, coloca-se em voga o cuidado para se evitar úlceras de pressão que elevam a morbimortalidade. Metodologia: O presente trabalho foi realizado no formato revisão de literatura em que foram selecionados artigos produzidos em 2020, após concomitante análise do título nos bancos de dados: SCIELO, WILEY ONLINE LIBRARY, PUBMED e National Center for Biotechnology Information. Os descritores que nortearam a busca de dados foram “Iatrogeny”, “Prone positioning”, “Ulcer pressure” e “Covid-19”. Discussão: A Covid-19 desestabilizou sistemas de saúde mundialmente, com mais de 900 mil mortos e longos períodos de internações, o vírus não representa a única adversidade a ser combatida. Devido ao extenso tempo de internação em que os pacientes são submetidos, as úlceras de pressão tornaram-se protagonistas iatrogênicas. A necessidade de uso da posição prona, para auxílio da oxigenação das áreas pulmonares não aeradas, apresenta-se como um grande causador de úlceras de pressão e escaras faciais. Concomitante a isso, a quantidade de tempo em que o paciente passa sedado na posição supina representa um importante responsável pelas úlceras de decúbito, sendo as mais comuns: sacrais, dorsais, braquiais, calcâneas e coccígenas. Assim, a aplicação de protocolos especiais para o manejo desses pacientes, a fim de evitar esse tipo de complicações, torna-se imprescindível, tendo em vista o aumento da quantidade de internados por mais de 10 dias. A adoção de colchões pneumáticos para movimentações contínuas de todo paciente, de curativos profiláticos que reduzem a pressão dos músculos faciais, de programas emergenciais para confecção de almofadas preventivas de escaras ou até mesmo a admissão de um profissional somente para se atentar às mudanças de decúbito, são algumas alternativas capazes de reduzir a incidência das iatrogenias por escaras e úlceras durante a pandemia do Covid 19. Conclusão: Conclui-se que a úlcera de pressão configura uma iatrogenia com importante morbimortalidade para o paciente. Dessa maneira, toda a equipe médica deve estar consciente acerca dos cuidados para sua prevenção e tratamento, principalmente em virtude do aumento de pacientes ventilados mecanicamente em todos os sistemas de saúde do mundo. Ter conhecimento sobre a iatrogenia do COVID-19 e suas complicações, como a úlcera, é de extrema valia para a proteção dos internados em UTIs.

     

  • Palavras-chave
  • Iatrogenia, úlceras de pressão, covid 19
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