A eficácia da toxina botulínica na terapêutica da migrânea crônica -Uma análise bibliográfica.

  • Autor
  • Nathalia Sbardellini Sidou Ponte
  • Co-autores
  • Laryssa Pixinine Bittencourt Fernandes , Carolina Almeida Suassuna , Thiago Calak Teixeira Vitorino , Ricardo Sousa Amancio da Costa , Cássio César Arrais Leão
  • Resumo
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    Introdução 

    A migrânea é uma cefaleia primária de caráter neurovascular que se define por crises repetidas de dor de cabeça. O objetivo deste estudo é destacar o mecanismo de ação da toxina botulínica, medicamento que possui efeito antinociceptivo para dores neuropáticas, como tratamento para a migrânea.

    Metodologia 

    Trata-se de uma revisão de literatura que aborda o uso da toxina botulínica como forma de tratamento à migrânea. Na pesquisa bibliográfica foram selecionados 5 artigos, com a utilização da base de dados eletrônicas Google Acadêmico, Scielo, NCBI e Oxford Academic, com os descritores “botulinum toxin” AND “migraine”, entre os anos 2015-2020.

    Discussão 

    A toxina botulínica (TB) é produzida pelo Clostridium botulinum, bactéria anaeróbica Gram-positiva, cujas cepas produzem sorotipos distintos de TB, os quais são marcados de A a G. O uso da TB/A tem sido eficaz na redução da migrânea crônica (MC), como terapia primária ou como adjuvante da terapêutica convencional. Sendo utilizada não apenas em tratamentos estéticos e de espasmos, mas também na intervenção dos estados dolorosos crônicos.

    A MC pode ser caracterizada por enxaqueca de pelo menos 15 dias por mês, com características típicas, ou seja, dor unilateral, pulsátil, com piora aos esforços acompanhada de sintomas como náuseas e sensibilidade à luz. Acredita-se que a TB atenue a hiperatividade muscular e interrompa a liberação dos neuropeptídeos pelo nociceptor, no tecido periférico e no sistema nervoso central, através do bloqueio da acetilcolina na junção neuromuscular com diminuição da contratura e desnervação química parcial, respectivamente.

    Em um estudo comparativo, concluiu-se que a TB/A inibiu as respostas dos nociceptores meníngeos à estimulação de seus campos durais intracranianos e a melhor eficácia da dose de injeção inteira foi ao longo das linhas de sutura e não quando foi dividida em músculos e suturas. Dessa forma, visualiza-se benefícios no uso da TB se comparada à terapêutica tradicional isolada.

    Conclusão

    A terapêutica da MC por meio do uso da TB do tipo A demonstrou-se eficiente por seus mecanismos farmacodinâmicos de inibição nociceptiva, modulação da liberação de neurotransmissores e da expressão de receptores na superfície. É uma terapia segura e com baixo índice de efeitos colaterais, sendo vantajosa por reduzir a necessidade de medicamentos adjuvantes. Logo, este tratamento resulta na diminuição da frequência e duração dos períodos de crise da MC. 

     

  • Palavras-chave
  • Toxina, Botulínica, Migrânea.
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Comissão Organizadora

Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
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Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva

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