A DOSAGEM SÉRICA DE HOMOCISTEÍNA NO RASTREIO PRECOCE DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO
Introdução: A homocisteína, aminoácido derivado da metabolização da metionina, tem sido alvo de extensas pesquisas nos últimos anos. Cientistas acreditam que a substância servirá, em um futuro não muito distante, como biomarcador para doenças cardiovasculares. Metodologia: Pesquisou-se os termos homocisteína, biomarcador e risco cardíaco nas bases de dados SCIELO E PubMed, filtrando-se os artigos publicados em língua inglesa e portuguesa nos últimos 5 anos. Foram selecionados estudos originais que estabeleceram a relação entre a alta concentração de homocisteína e doenças de origem vascular. Excluiu-se revisões de literaturas e relato de casos. Discussão: As investigações a respeito da relação da homocisteína com risco cardiovascular começaram no fim da década de 1990, quando um grupo de pesquisadores noruegueses demonstraram que a concentração plasmática elevada desse aminoácido estaria, possivelmente, ligada à obesidade. O quadro clínico, ao submeter o corpo do indivíduo a um estado de estresse crônico, induz o desenvolvimento de resistência insulínica, hipercolesterolemia, hipertensão arterial sistêmica entre outras condições. Esse estudo sugeriu que o controle da concentração plasmática de homocisteína, através da mudança dos hábitos de vida, seria capaz de diminuir sensivelmente o risco cardiovascular. Em uma pesquisa brasileira, observou-se a associação entre altos níveis de homocisteína e baixos níveis de colesterol HDL e hipertrigliceridemia, fatores predisponentes à formação de placas de ateroma. Embora sejam poucos os estudos que abordem os mecanismos fisiológicos pelos quais a homocisteína se insere no contexto de biomarcador para risco cardiovascular, sabe-se, experimentalmente, que o aminoácido apresenta grandes relações com fatores que culminam em doenças de origem vascular, como o infarto agudo do miocárdio e outras patologias não menos importantes. Difundiu-se, portanto, a ideia de que a dosagem sérica do aminoácido poderia ser, em futuro próximo, uma ferramenta que ajudaria a salvar milhões de vidas. Conclusão: Através de análises de estudos qualitativos, conclui-se que a dosagem sérica da homocisteína, apesar de pouco usada, pode representar futuramente uma forma de antecipar a identificação de enfermidades de origem vasculares de modo geral, contribuindo, assim, para a redução considerável da mortalidade nesses casos.
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