Relação de eventos coronários agudos com a COVID-19: revisão de literatura

  • Autor
  • Alexandre Giesel Lima
  • Co-autores
  • Carolinne da Silva Nunes Cruz , Pedro Joaquim Braga de Camargo , Vítor Caldeira Leite Silva , Lauriene de Souza Nogueira , Leonardo Kenzo Takashima de Almeida
  • Resumo
  • Introdução: Atualmente vive-se a maior crise sanitária da era moderna, a pandemia pelo novo coronavírus (SARS-COV2). Dentre suas complicações, observou-se a formação de coágulos que podem gerar obstrução total ou parcial dos vasos e, consequentemente, eventos coronários agudos como angina e infarto.

    Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, contemplamos ensaios clínicos e estudos selecionados por revisões sistematizadas, realizadas no ano de 2020, tendo como referência as bases de dados Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, nos idiomas português e inglês. A estratégia de busca utilizou as palavras-chave: "COVID-19", "mecanismo" e "eventos coronários agudos".

    Discussão: Apesar do novo coronavírus (SARS-CoV-2) afetar principalmente o sistema respiratório, há estudos que indicam uma resposta inflamatória importante com uma ação descoordenada do sistema imunológico e uma hipersecreção de citocinas que podem resultar em lesão de órgão alvo. Estudos científicos sugerem que o SARS-COV-2 promove a produção em excesso de citocinas, proteases, fatores de coagulação, radicais de oxigênio e moléculas vasoativas, eventos esses que geram dano endotelial, rompimento da capa fibrosa e início da formação de trombos. Estudos propõem como hipótese um mecanismo duplo responsável por causar eventos coronários agudos em pacientes com a nova doença do coronavírus (COVID-19): a ocorrência da tempestade de citocinas que leva à formação acelerada de novas placas coronárias junto com a desestabilização das pré-existentes e a lesão direta no miocárdio de forma secundária à infecção viral sistêmica aguda. Além dos danos diretos do vírus é importante salientar que a queda na procura por atendimento ao pronto-socorro cardiológico, provavelmente pelo medo de contrair a COVID-19 no ambiente hospitalar, prejudica o prognóstico de pacientes com evento vascular agudo.

    Conclusão: A partir de estudos científicos e de prática médica hospitalar, verifica-se uma possível relação entre a COVID-19 e os eventos coronários agudos. A ação viral, somada às respostas imunológicas inflamatórias, pode contribuir para a causa de eventos coronários agudos, os quais necessitam de pronto-atendimento. Contudo, são necessários grandes ensaios clínicos para caracterizar a ação do vírus e o seu acometimento cardiovascular para que novas medidas terapêuticas possam ser tomadas.

     

  • Palavras-chave
  • COVID-19; mecanismo; eventos coronários agudos
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