Análise da mortalidade neonatal relacionadas à atenção às gestantes nos últimos 5 anos

  • Autor
  • Fernanda Lopes de Araujo
  • Co-autores
  • Ana Clara Santana Nogueira , Camila Cardoso da Rocha Silva , Crismenia de Souza Santos , Danielle Rabelo Gonzalez Veldman
  • Resumo
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    Título: Análise da mortalidade neonatal relacionadas à atenção às gestantes nos últimos 5 anos

     

    Introdução: Devido a importância da assistência pré natal, o presente trabalho visa analisar comparativamente as porcentagens de notificações em óbitos neonatais reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação no Brasil nos anos de 2016 a 2020.

     

    Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, retrospectivo, com dados do Sistema de Informações de Mortalidade Infantil (SIM). Foram utilizados o Painel de Monitoramento e Excel para análise das informações. Os dados foram contabilizados a partir das notificações de mortalidade neonatal nas regiões administrativas do Brasil entre os anos de 2016 a 2020. São critérios de inclusão: mortalidade por causas evitáveis e reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação nos meses de janeiro a agosto de cada ano. Foram excluídos os meses de setembro a dezembro para haver maior acurácia com os dados disponíveis até então pelo SIM. Para complementar a pesquisa, foram utilizados artigos científicos recentes da Scielo e Pubmed.

     

    Resultados e Discussão: Nos últimos 5 anos no Brasil, o número de mortes neonatais reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação correspondia, em média, a 6235 óbitos no período de janeiro a agosto. Porém, em 2020, apesar do estado de calamidade pública, observou-se redução de 58,7% no percentual de notificação nacional quando comparado ao mesmo período nos anos anteriores. Concomitantemente, também houve subnotificação em todas as regiões administrativas, com enfoque no Centro-Oeste (CO), que apresenta redução de 66%, maior que a média do país. Já as outras regiões: Norte (59,2%), Sudeste (58,16%), Nordeste (58%) e Sul (55,73%). Quanto às notificações de 2020, não é possível encontrar dados no Sistema de Informação de Mortalidade do mês de junho, julho e agosto (total de 0), sendo que, em alguns locais, como Acre, Amapá, Roraima, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, não há notificação desde maio, algo que compromete a real dimensão dos casos.

    Conclusão: Nota-se que as porcentagens de notificação em óbitos neonatais no ano de 2020 reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação no Brasil diminuíram significativamente em comparação aos anos anteriores. Vale ressaltar que a provável subnotificação e demora de atualização dos números, em especial a região CO, é um fator que dificulta a estruturação de políticas públicas. Assim, há inviabilização na melhora do cenário, principalmente em um dos grupos de risco da pandemia de COVID-19.

  • Palavras-chave
  • Notificação, Mortalidade neonatal, Assistência pré-natal
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