TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA COMO COMPLEMENTO DO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE PÓS-MENOPÁUSICA
Introdução: A osteoporose é uma das doenças osteometabólicas mais comuns decorrentes do envelhecimento. Embora acometa ambos os sexos, é predominante entre mulheres pós-menopáusicas, devido à insuficiência hormonal do climatério para o aumento da fragilidade óssea e predisposição a fraturas. Metodologia: Pesquisou-se os descritores osteoporose pós-menopáusica, tratamento e exercício físico nas bases de dados do Scielo e PubMed, filtrando-se os artigos publicados nos últimos 5 anos. Foram selecionados estudos randomizados que demonstravam a relação do exercício físico como tratamento para osteoporose pós-menopausa. Excluiu-se revisões de literatura e relatos de casos. Discussão: A osteoporose possui como sintomatologia geral a redução da força muscular e como sinal específico a redução da densidade óssea. Um ensaio clínico randomizado separou em dois grupos - intervenção e controle - cem mulheres pós-menopáusicas com osteoporose, entre 55 e 75 anos, para analisar a influência da atividade física na prevenção de quedas e fraturas. O grupo de intervenção foi submetido a 2 treinamentos: de carga progressiva para o músculo quadríceps e de propriocepção, associado ao uso de fármacos para osteoporose, por 18 semanas. Já o grupo controle, submetido apenas a tratamento medicamentoso. Assim, ao fim do programa de exercícios, apenas 16% das pacientes do grupo de intervenção sofreu quedas, enquanto no grupo controle essa porcentagem foi de 38%. Isso demonstra que a atividade física promoveu melhora do equilíbrio estático e dinâmico, com consequente redução da frequência de quedas. Outro estudo selecionou 18 mulheres no período pós-menopausa com diagnóstico de osteoporose para avaliar os benefícios de terapia não farmacológica. Para isso, foi elaborado um programa de atividade física com sessões de 1 hora, 3 vezes por semana, durante 14 semanas, sob a orientação de fisioterapeutas, com a oferta de alongamentos, caminhadas e exercícios de fortalecimento muscular. Desse modo, notou-se melhora sensível no equilíbrio postural e redução de fraturas. Conclusão: Portanto, a prática de atividade física supervisionada, como opção de tratamento não farmacológico, auxilia no aumento do equilíbrio corporal, flexibilidade e força muscular, sendo fundamental na prevenção de quedas e no incremento da qualidade de vida de mulheres pós-menopáusicas com osteoporose.
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