INTRODUÇÃO: Os implantes mamários têm sido amplamente utilizados e estão sujeitos a complicações, sendo um deles o linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante de mama (BIA-ALCL). Assim, este trabalho objetiva trazer atualizações acerca dessa relação para melhor prognóstico.
METODOLOGIA: Utilizou-se a revisão integrativa. Busca realizada nas bases de dados: PubMed, LILACS e DeCS. Descritores: “linfoma anaplásico de células grandes”; “implantes de mama”; “neoplasias da mama”; “mamoplastia”; “seroma”. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra e publicados em português ou inglês. Critérios de exclusão: artigos sem versão completa e em aguardo de publicação.
DISCUSSÃO: O BIA-ALCL é um linfoma não-Hodgkin de células T localizado na superfície dos implantes. Doença rara que representa 2% a 3% desses linfomas em adultos e 0,5% dos cânceres de mama. A fisiopatologia compreende processo inflamatório na superfície da prótese. Os implantes texturizados são os mais associados por possuírem maior superfície de contato, logo, há mais biofilme formado, provocando adesão bacteriana. Suspeita-se de seroma tardio periprótese sem o histórico de trauma ou infecção. Clinicamente há coleção de líquido ou massa capsular. A ecografia identifica a presença de líquido, de massas capsulares e associa-se à punção para investigação. O fluido é turvo e espesso e há grandes linfócitos epitelióides pleomorfos, com citoplasma abundante, núcleo reniforme excêntrico e nucléolo proeminente. A doença estagia-se em IA, IB, IC, IIA, IIB, III e IV. O tratamento inclui retirada do implante, capsulectomia completa, excisão de adenopatia suspeita e excisão das margens de linfoma. Não há dados para recomendar mastectomia, biópsia de linfonodo sentinela, linfadenectomia axilar ou reconstrução mamária. O melhor prognóstico se dá com cirurgia de eliminação completa da cápsula. O acompanhamento é feito a cada 3 a 6 meses durante 2 anos, além de exames de imagem e o segmento dependerá das manifestações clínicas do paciente.
CONCLUSÃO: Dessa análise, o implante de próteses mamárias pode estar associado ao BIA-ALCL mediante sua atuação imunológica e relação com os distúrbios linfoproliferativos das células T. Desse modo, faz-se necessário tratamento cirúrgico de retirada do implante com capsulectomia total da massa e remoção de todo o tecido macroscopicamente suspeito. Todavia, ainda se sabe pouco sobre como e por quê os implantes de silicone poderiam desencadear uma resposta linfóide, culminando no BIA-ALCL.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica