Perfil epidemiológico dos casos de Hanseníase no Distrito Federal (DF) no período de 2009 a 2019.
Introdução
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, endêmica, causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete a pele e o sistema nervoso periférico. Sendo um grave problema de saúde pública brasileiro. O objetivo desse estudo é apresentar a prevalência de Hanseníase na população do DF nos últimos 10 anos.
Metodologia
Estudo epidemiológico transversal, realizado a partir dos casos notificados e confirmados de Hanseníase em 06 Regiões Administrativas (RA) do DF obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SinanNET) no período de 2009 a 2019. Além de dados da Organização Mundial de Saúde e busca ativa de artigos científicos nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google acadêmico nos últimos 5 anos. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves: "Hanseníase"; "Prevalência"; " Micobacteriose" e "Mycobacterium leprae".
Resultados e Discussão
No DF em 2019, à prevalência anual de hanseníase, foi de 1,5 casos por 10.000 habitantes, indicando aumento, quando comparado ao intervalo 2009-2018, onde o ano com maior taxa de prevalência havia sido 2014 com 1,34 casos, e o menor 2011 com 0,8 casos. A meta proposta pela Organização Mundial de Saúde é de pelo menos 1 caso para cada 10.000 habitantes. Nas RA, não houve mudanças entre os anos, Ceilândia fica em 1° lugar, seguida por Planaltina e Samambaia, o que confirma que a maior incidência em regiões com um menor poder socioeconômico. No intervalo de 2009 a 2018, observa-se um aumento entre os casos de recidiva notificados no DF, o que se manteve em 2019. Fato que gera preocupação, uma vez que os risco de casos de hanseníase com resistência medicamentosa, tanto primária, quanto secundária, poderá tornar-se mais frequente no futuro.
Conclusão
A prevalência da hanseníase ainda é alta no DF, devido o desconhecimento popular acerca da doença, baixa adesão ao tratamento e baixa condição socioeconômica em determinadas regiões. Portanto, ações conjuntas das autoridades de saúde, como o esclarecimento aos profissionais de saúde sobre a doença e o tratamento ao paciente, além de campanhas socioeducativas, serão pertinentes para diminuir ocorrência de casos novos e evitar falhas de tratamento e possível surgimento de resistência bacteriana.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica