A importância da saúde mental na vida de pacientes terminais

  • Autor
  • Enrique Meireles Bitencourt de Souza
  • Co-autores
  • Júlia Fonseca da Silva Saad , Maria Cecília Freitas Ferrari
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: embora haja, no imaginário coletivo da sociedade, a ideia de que não há nada a oferecer ao paciente terminal, é indiscutível a importância da saúde mental para o aumento da qualidade de vida. Nesse sentido, a presente revisão de literatura visa a reunir dados acerca do tema em voga.

     

    METODOLOGIA: o presente estudo foi realizado no formato revisão de literatura com buscas nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: ‘’doença terminal”, ‘’saúde mental”, “psiquiatria”, “cuidado paliativo” e “terminalidade”, em inglês e português. Foram selecionados 9 artigos no intervalo de 2015 a 2020, após exclusão dos que não abordavam a temática.

     

    DISCUSSÃO: as doenças terminais são depreciadoras da saúde mental do indivíduo, já que afetam aspectos físicos, psicológicos, espirituais e sociais. É comum a associação de um quadro terminal a um depressivo, acarretando tanto o aumento da percepção de sintomas físicos e da morbimortalidade quanto a diminuição da aderência às terapêuticas. Inclusive, há uma associação bem estabelecida entre impulsos suicidas e a dor física. Há estudos com técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental, musicoterapia, ‘mindfulness’ e grupoterapia, com efeito pequeno, mas significativo, no quadro doloroso de pacientes terminais, com maior eficácia de intervenções psicossociais. Já nos transtornos psiquiátricos comórbidos, a psicoterapia se mostrou eficaz tanto em pacientes deprimidos quanto em ansiosos, com aumento da qualidade de vida. Protocolos basilares na concepção ‘aqui-e-agora’ têm ajudado os pacientes, dado que eliminam, em parte, angústias relacionadas ao futuro. Somado a isso, há evidências de que o aumento de atividades sociais e espirituais em hospitais com cuidado paliativo pode ser positivo, uma vez que aprimora a conexão do paciente com recursos protetores.

     

    CONCLUSÃO: a escassez dos artigos na área reflete a pouca valorização dada à saúde mental nos pacientes terminais. Os artigos atuais, mesmo com amostras pequenas, revelam resultados positivos de intervenções psicossociais globais na qualidade de vida dos enfermos. Então, deve-se fornecer psicoterapia aos pacientes terminais e fortalecer os laços sociais e espirituais. Futuros estudos precisam ser desenvolvidos para aprimorar as intervenções neste grupo de pacientes tão necessitado.

  • Palavras-chave
  • doença terminal, saúde mental, psiquiatria, cuidado paliativo, terminalidade
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