INTRODUÇÃO: embora haja, no imaginário coletivo da sociedade, a ideia de que não há nada a oferecer ao paciente terminal, é indiscutível a importância da saúde mental para o aumento da qualidade de vida. Nesse sentido, a presente revisão de literatura visa a reunir dados acerca do tema em voga.
METODOLOGIA: o presente estudo foi realizado no formato revisão de literatura com buscas nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: ‘’doença terminal”, ‘’saúde mental”, “psiquiatria”, “cuidado paliativo” e “terminalidade”, em inglês e português. Foram selecionados 9 artigos no intervalo de 2015 a 2020, após exclusão dos que não abordavam a temática.
DISCUSSÃO: as doenças terminais são depreciadoras da saúde mental do indivíduo, já que afetam aspectos físicos, psicológicos, espirituais e sociais. É comum a associação de um quadro terminal a um depressivo, acarretando tanto o aumento da percepção de sintomas físicos e da morbimortalidade quanto a diminuição da aderência às terapêuticas. Inclusive, há uma associação bem estabelecida entre impulsos suicidas e a dor física. Há estudos com técnicas de relaxamento, terapia cognitivo-comportamental, musicoterapia, ‘mindfulness’ e grupoterapia, com efeito pequeno, mas significativo, no quadro doloroso de pacientes terminais, com maior eficácia de intervenções psicossociais. Já nos transtornos psiquiátricos comórbidos, a psicoterapia se mostrou eficaz tanto em pacientes deprimidos quanto em ansiosos, com aumento da qualidade de vida. Protocolos basilares na concepção ‘aqui-e-agora’ têm ajudado os pacientes, dado que eliminam, em parte, angústias relacionadas ao futuro. Somado a isso, há evidências de que o aumento de atividades sociais e espirituais em hospitais com cuidado paliativo pode ser positivo, uma vez que aprimora a conexão do paciente com recursos protetores.
CONCLUSÃO: a escassez dos artigos na área reflete a pouca valorização dada à saúde mental nos pacientes terminais. Os artigos atuais, mesmo com amostras pequenas, revelam resultados positivos de intervenções psicossociais globais na qualidade de vida dos enfermos. Então, deve-se fornecer psicoterapia aos pacientes terminais e fortalecer os laços sociais e espirituais. Futuros estudos precisam ser desenvolvidos para aprimorar as intervenções neste grupo de pacientes tão necessitado.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica