CÂNCER E ANGIOGÊNESE: PAPEL DO FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR (VEGF) E TERAPIAS ALVO

  • Autor
  • LAURA BLOCK GURTAT
  • Co-autores
  • LUANA STRAPASSON SPRADA , MARIA PAULA MIRANDA MATTEI , SAMYA HAMAD MEHANNA
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: As células neoplásicas criam novos vasos (angiogênese) para suprir suas necessidades proliferativas. Em hipóxia, secretam moléculas pró-angiogênicas, com ênfase para o VEGF, que ativa vias promotoras da progressão, invasão e metástase tumoral, tornando-se um potencial alvo no tratamento oncológico.

    METODOLOGIA: Revisão integrativa contemplando artigos científicos (2010-2020) sobre o tema câncer e angiogênese, focando no mecanismo de ação do VEGF e vias terapêuticas. As bases para pesquisa foram PubMed e Scielo, com os descritores: angiogenesis, cancer, VEGF, anti-angiogenic e treatment. Obteve-se 276 publicações, após seleção pelos critérios de elegibilidade, resultou em amostra final de 13 artigos.

    DISCUSSÃO: Durante o estado de estresse, as células tumorais induzem uma resposta fenotípica que é indiretamente controlada por subtipos de enzimas prolil-hidroxilase (PHD), as quais regulam o fator induzível por hipóxia 1 (HIF1), impedindo que este seja degradado. No núcleo, o HIF1 funcionará como de fator de transcrição, ligando-se a regiões promotoras específicas do gene que codifica VEGF, estimulando sua produção. O VEGF, em especial sua isoforma VEGF-A, ao se ligar no seu receptor tirosina quinase (VEGFR), induz a migração das células endoteliais e ativa uma série de vias intracelulares envolvidas na proliferação, sobrevivência, rearranjo do citoesqueleto e permeabilidade vascular. As células estimuladas passam a secretar enzimas proteolíticas para a lise da matriz extracelular, permitindo o brotamento de novos vasos sanguíneos. Além disso, ocorre a transição epitelial mesenquimal (TEM) para que seja possível a mobilidade celular. As principais drogas antiangiogênicas destinadas a frear este processo, amplificando a ação antitumoral ao serem associadas ao tratamento convencional, apresentam como alvo:

    VEGF-A: a exemplo do anticorpo monoclonal Bevacizumab, que ao se ligar a esta isoforma do VEGF impede a ligação deste com seu receptor tirosina quinase (TK);

    VEGFR: através do bloqueio de múltiplos TK, como atuam Sunitinib e Sorafenib.

    CONCLUSÃO: O VEGF é elemento central para angiogênese,  impulsionando o desenvolvimento das células neoplásicas e facilitando o acesso à circulação sanguínea. A terapia alvo direcionada à inibição do seu funcionamento além de desacelerar o crescimento dos tumores, otimiza a distribuição sistêmica dos fármacos usados conjuntamente, sendo esta combinação de drogas antiangiogênicas e quimioterapia tradicional amplamente recomendada para combate ao câncer, melhorando a sobrevida e prognóstico dos pacientes.

  • Palavras-chave
  • Angiogênese, Câncer, VEGF, Terapia antiangiogênica
  • Área Temática
  • Temas Livres
Voltar
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva

Comissão Científica