Pós-Infecção do SARS-CoV-2: A Persistência da Anosmia e Ageusia

  • Autor
  • Kelton de Oliveira Conceição
  • Co-autores
  • Gabriela Galiza Medeiros Cavalcante , Pedro Herique Rodrigues de Sousa , Victor Augusto Ribeiro Chagas , Julia Dourado Silva dos Santos , Myrna Barbosa Gomes
  • Resumo
  •  

    Introdução:  A perda total/relativa de olfato e gustação tem sido relatada como um sintoma de infecção pelo SARS-CoV-2, com persistência do quadro em muitos casos. Este trabalho visa compreender as relações fisiopatológicas com a causa da anosmia e ageusia em pacientes diagnosticados com COVID-19. Metodologia: Utilizou-se os bancos de dados PubMed, LILACS e SciELO. Os descritores, pesquisados de acordo com o MeSH e DeCS, foram: “olfaction disorders” AND “taste disorders” AND “covid-19”. De 21 artigos, foram selecionados 7, nacionais e internacionais, publicados em 2020, configurados como meta-análise, revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados controlados. Discussão: A sintomatologia da COVID-19 é ampla, podendo apresentar desde febre; tosse seca; dispneia; até sintomas neurológicos, com anosmia; disgeusia; fantosmia e parosmia. Diferentemente, essas disfunções olfativas, que ocorrem sem obstrução nasal ou rinorréia, em muitos casos é um marco inicial da doença, além de ser um sintoma persistente pós-infecção. Essa disfunção tem uma alta prevalência (76,6%) nos pacientes, acontece de maneira súbita, predominantemente em jovens e o sexo feminino é mais suscetível, além de estar associado a quadros leves e moderados. Ademais, pode ocorrer antes, durante ou depois dos sintomas gerais, podendo se prolongar por mais de 14 dias. Os mecanismos fisiopatológicos ainda são desconhecidos, porém, sabe-se que a enzima conversora da angiotensina 2 (ECA-2) é o principal receptor da célula hospedeira usado pelo vírus e se encontram em alta concentração nas células epiteliais respiratórias nasais, nas células de suporte epitelial olfatório e na cavidade oral. Sendo assim, existe a probabilidade que o SARS-CoV-2 invada o bulbo olfatório e o sistema nervoso central, causando danos e, possivelmente, justificando a recuperação incompleta da anosmia em alguns pacientes, visto que a perda repentina do olfato dos pacientes COVID-19 positivos apresentou menor taxa de regeneração total e duração mais longa do que nos COVID-19 negativos. Conclusão: Acerca do exposto, a anosmia e ageusia são dois dos principais sintomas em pacientes com COVID-19 e estão gerando intensa discussão sobre sua persistência após a cura, afetando a qualidade de vida dos pacientes. Dessa forma, é necessário ampliar os estudos sobre essa temática para que haja mais informações que ajudem a compreender e solucionar  o prolongamento desses sintomas.

     

  • Palavras-chave
  • olfaction disorders; taste disorders; covid-19
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