Introdução: Enunciou-se uma revisão da literatura científica publicada relacionada ao uso de
telefones celulares e o desenvolvimento de tumores cerebrais. O objetivo desse estudo foi
elucidar a relação entre a exposição à radiofrequência emitida pelos aparelhos e o surgimento
dessas neoplasias. Metodologia: Foi feita uma revisão de literatura com busca no PubMed. Utilizou-se os
descritores (“Mobile Phone” AND “Brain Neoplasms”), selecionando artigos publicados na
íntegra, no idioma inglês, entre os anos de 2015 e 2018 que descreviam de forma sistemática a
relação entre o tumor cerebral e a utilização frequente dos celulares. Por fim, 10 artigos foram
utilizados para a escrita do trabalho. Discussão: O uso de telefones celulares aumentou nas últimas três décadas. Dessa forma, os
riscos associados à exposição a radiofrequência é uma preocupação, principalmente na
cabeça, local do corpo em que há maior exposição. A Agência Nacional de Pesquisa em
Câncer classificou a radiofrequência no grupo 2B de carcinógenos. Sendo assim, é de
interesse de todos os âmbitos da saúde estudos que comprovem essa relação.
Os tumores analisados foram gliomas de alto e baixo grau, n euromas acústicos, tumores de
hipófise e glioblastomas. É fundamental considerar o tempo do estudo, uma vez que cada tipo
de tumor possui um período de latência. Ademais, foram analisados os principais locais de
instalação dos gliomas, levando em consideração o aumento do uso de ressonância magnética
nas últimas décadas, sendo que os resultados mostraram um aumento nos gliomas localizados
na região temporal e lobos parietais, porém esse fato está fortemente relacionado com a teoria
da melhoria do diagnóstico ressonância magnética. Não existe um consenso entre os estudos
analisados que comprove que o uso de telefone celular esteja relacionado com o aumento de
tumores cerebrais. Entretanto, foi observado uma associação entre usuários de longo prazo,
principalmente com mais de dez anos de exposição. Conclusão: Diante do exposto, a relação do uso de aparelhos móveis e o desenvolvimento de
tumores cerebrais ainda é incerta. Porém, muitos artigos abordam que o uso de dispositivos
móveis a longo prazo se mostrou importante, ocasionando uma maior incidência de tumores
intracranianos. Dessa forma, a realização de mais estudos é fundamental para obtenção de
dados mais precisos sobre o tema abordado.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica