Introdução: A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se pela resistência insulínica e perda progressiva da secreção a insulina, podendo ocasionar complicações fisiológicas. Desse modo, é crucial descrever os benefícios da utilização da dieta de jejum intermitente diante as repercussões da DM2. Metodologia: Foi feita uma revisão de literatura com busca no PubMed através dos descritores associados (“Diabetes Mellitus, Type 2” AND “Fasting”), selecionando 10 artigos publicados na íntegra, no idioma inglês, nos anos de 2018 a 2020 que descreviam de forma minuciosa os efeitos do jejum intermitente em portadores de DM2. Ademais, utilizou-se o livro Ramadan & Diabetes Care publicado em 2017. Discussão: Observa-se melhora na resistência à insulina em pacientes com DM2 submetidos a uma dieta hipoenergética - fundamentada em porções maiores durante o café da manhã e o almoço - revelando-se mais conveniente em comparação ao consumo de seis refeições diárias menores. De acordo com a fisiopatologia dessa síndrome metabólica, a resistência à insulina nas células acarreta o aumento da demanda de síntese desse hormônio, na tentativa de compensar o sua ineficiência funcional no organismo. A persistência deste quadro ocasiona a exaustão das células ? pancreáticas e, consequentemente, o déficit na secreção de insulina nestes pacientes. Contudo, em pacientes portadores de síndrome metabólica DM2 que praticam o Ramadã (dieta que consiste em duas refeições durante o dia e jejum no restante do período), foram encontrados benefícios como diminuição significativa da intolerância à insulina, do estresse oxidativo e inflamatório, melhora na circulação sanguínea e aumento na imunidade. Portanto, a administração de dietas hipocalóricas, a longo prazo, em indivíduos acometidos por DM2 contribuiu, sobremaneira, no controle glicêmico e na redução da gordura corporal. Outrossim, constatou-se que a adoção regular de jejum intermitente pode potencializar os efeitos benéficos da dieta, possibilitando a reversão da condição patológica ocasionada pela DM2. Conclusão: Logo, o jejum intermitente é efetivo para o controle da insulina quando é feito com um acompanhamento médico, já que a dieta está correlacionada à uma perda de peso e, consequentemente, uma possível remissão contínua da DM2 por um intervalo de tempo. Sendo assim, pode-se dizer que a DM2 é potencialmente reversível, haja vista a normalização da doença em um curto período, sendo acompanhada pelo controle da glicose, sensibilidade à insulina, após a adoção de uma dieta hipocalórica.
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