COMPARAÇÃO DE DOIS PROTOCOLOS INTERNACIONAIS NO TRATAMENTO DOS TUMORES DE WILMS

  • Autor
  • Luis Eduardo Paiva Bezerra de Melo
  • Co-autores
  • Andressa Gabrielle Moreira , Bruna Paiva de França , Natália Claret Torres Praça , Acimar Gonçalves da Cunha Junior
  • Resumo
  • COMPARAÇÃO DE DOIS PROTOCOLOS INTERNACIONAIS NO TRATAMENTO DOS TUMORES DE WILMS

     

    INTRODUÇÃO O tumor de Wilms é a neoplasia renal maligna pediátrica mais comum (7% dos tumores infantis). Os protocolos National Wilms Tumor Study (NWTS)/Children's Oncology Group (COG) e Société Internationale D’oncologie Pédiatrique (SIOP) permitem maior conhecimento e redução da sua mortalidade.

     

    METODOLOGIA Pesquisou-se nas bases de dados Scielo, PubMed e Medline os seguintes termos: “tumor de Wilms”, “protocolo NWTS”, “protocolo SIOP”, "treatment of Wilms tumor" e "comparison of SIOP and NWTSG Protocols". Os artigos recuperados entre os anos de 2016 a 2020 foram submetidos a análise crítica.

     

    DISCUSSÃO O tumor de Wilms (TW) pode atingir sobrevida de 5 anos quando tratado de forma eficaz. É um tumor embrionário que surge a partir de células do blastema nefrogênico anormalmente persistentes. A apresentação mais comum é a presença de massa abdominal assintomática, e quando sintomática, é relatado dor abdominal, mal-estar, hematúria e hipertensão arterial. O acometimento pode ser unilateral ou bilateral e é comum a associação com outras anormalidades congênitas. O principal aspecto considerado no manejo do TW reside na abordagem inversa nos protocolos SIOP e NWTS, diferindo, respectivamente, se a criança deve receber antecipadamente quimioterapia ou ser inicialmente operada. O NWTS preconiza a definição do estadiamento e da histologia para determinar o tratamento. Seus benefícios são a preservação biológica molecular do tumor, configurando vantagem para pesquisa, e a prevenção de quimioterapia desnecessária. Já o SIOP busca diminuir o tamanho do tumor, evitando uma possível ruptura e permite uma invasão cirúrgica mínima com melhor preservação renal. Ainda diferem-se quanto à classificação histológica e aos critérios de estadiamento. A histologia do NWST tem fundamentação na anaplasia, enquanto a do SIOP na diferenciação celular. Ambos os estadiamento são válidos, porém há limitação na comparação dos estágios, graças a discrepância no momento da nefrectomia.


    CONCLUSÃO O estudo comparativo entre os protocolos SIOP e NWTS deve orientar o tratamento. Mesmo que o NWTS evite a quimioterapia desnecessária em tumores de baixo estadiamento ou com diagnóstico que não o TW, ele piora o prognóstico em tumores de alto estadiamento, situação mais prevalente. Dessa forma, o protocolo SIOP se mostra mais benéfico, especialmente nas áreas em que a epidemiologia aponta para a incidência e para a prevalência de estágios mais avançados do TW.

  • Palavras-chave
  • Tumor de Wilms, protocolo NWTS, protocolo SIOP
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