COMPARAÇÃO DE DOIS PROTOCOLOS INTERNACIONAIS NO TRATAMENTO DOS TUMORES DE WILMS
INTRODUÇÃO O tumor de Wilms é a neoplasia renal maligna pediátrica mais comum (7% dos tumores infantis). Os protocolos National Wilms Tumor Study (NWTS)/Children's Oncology Group (COG) e Société Internationale D’oncologie Pédiatrique (SIOP) permitem maior conhecimento e redução da sua mortalidade.
METODOLOGIA Pesquisou-se nas bases de dados Scielo, PubMed e Medline os seguintes termos: “tumor de Wilms”, “protocolo NWTS”, “protocolo SIOP”, "treatment of Wilms tumor" e "comparison of SIOP and NWTSG Protocols". Os artigos recuperados entre os anos de 2016 a 2020 foram submetidos a análise crítica.
DISCUSSÃO O tumor de Wilms (TW) pode atingir sobrevida de 5 anos quando tratado de forma eficaz. É um tumor embrionário que surge a partir de células do blastema nefrogênico anormalmente persistentes. A apresentação mais comum é a presença de massa abdominal assintomática, e quando sintomática, é relatado dor abdominal, mal-estar, hematúria e hipertensão arterial. O acometimento pode ser unilateral ou bilateral e é comum a associação com outras anormalidades congênitas. O principal aspecto considerado no manejo do TW reside na abordagem inversa nos protocolos SIOP e NWTS, diferindo, respectivamente, se a criança deve receber antecipadamente quimioterapia ou ser inicialmente operada. O NWTS preconiza a definição do estadiamento e da histologia para determinar o tratamento. Seus benefícios são a preservação biológica molecular do tumor, configurando vantagem para pesquisa, e a prevenção de quimioterapia desnecessária. Já o SIOP busca diminuir o tamanho do tumor, evitando uma possível ruptura e permite uma invasão cirúrgica mínima com melhor preservação renal. Ainda diferem-se quanto à classificação histológica e aos critérios de estadiamento. A histologia do NWST tem fundamentação na anaplasia, enquanto a do SIOP na diferenciação celular. Ambos os estadiamento são válidos, porém há limitação na comparação dos estágios, graças a discrepância no momento da nefrectomia.
CONCLUSÃO O estudo comparativo entre os protocolos SIOP e NWTS deve orientar o tratamento. Mesmo que o NWTS evite a quimioterapia desnecessária em tumores de baixo estadiamento ou com diagnóstico que não o TW, ele piora o prognóstico em tumores de alto estadiamento, situação mais prevalente. Dessa forma, o protocolo SIOP se mostra mais benéfico, especialmente nas áreas em que a epidemiologia aponta para a incidência e para a prevalência de estágios mais avançados do TW.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica