Como diferenciar a síndrome do piriforme e a ciatalgia de origem radicular?

  • Autor
  • Maria Eloisa Gomes Ferreira
  • Co-autores
  • Anelisy Gelinski , Lucas Torres de Brito , Luy Carlo de Azevedo Lima , Mariana Martins Castro , Ricardo Filgueiras da Matta
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A síndrome piriforme é uma patologia pouco conhecida e consiste em um importante diagnóstico diferencial para as ciatalgias de origem radicular. Diferenciá-las é fundamental para o direcionamento de tratamentos adequados e consequente melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

    METODOLOGIA: O levantamento bibliográfico foi feito a partir das bases de dados Pubmed, Scielo, LILACS e Google Acadêmico. Foram selecionados artigos científicos em português, inglês e espanhol, delimitando entre os anos 2012 e 2020, utilizando os seguintes descritores: síndrome do piriforme, ciatalgia, dor ciática, piriformis syndrome e sciatica. 

    DISCUSSÃO: A ciatalgia pode surgir pela compressão do nervo ciático. Tal dor tem origem por diferentes mecanismos, seja pela compressão de uma raiz nervosa lombar discogênica ou ao longo do trajeto do nervo. A síndrome do piriforme (SP), uma das causas de ciatalgia, é caracterizada pela compreensão do nervo ciático pelo músculo piriforme, sendo provocada por traumas, lesões que ocupam o espaço, assimetria dos membros inferiores, variações anatômicas, uso excessivo e hipertrofia do músculo. Essa síndrome tem apresentação semelhante à compressão radicular do nervo ciático. As principais manifestações clínicas da SP são dor na nádega, dor que agrava na posição sentada, sensibilidade na região da grande chanfradura ciática, palpação do forame ciático e positividade em algum dos testes específicos: FAIR, Pace, Freiberg, Beatty. Por outro lado, os sintomas da ciatalgia de origem radicular são mais intensos na região lombar com irradiação para o trajeto do nervo, há um aumento da dor com tosse, espirro ou estiramento da coluna, uma diminuição da força muscular, alterações de sensibilidade e hiporreflexia. Os testes de Lasegue e Neri são positivos para ciatalgia. A anamnese e o exame físico são bons preditores para o diagnóstico, no entanto, as semelhanças nos achados clínicos tornam necessária a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. 

    CONCLUSÃO: Diferenciar a síndrome do piriforme e a ciatalgia de origem radicular é essencial na conduta médica. Assim, uma história clínica e um exame físico detalhados, além de exames complementares, são importantes para transpor as semelhanças clínicas, estabelecer diagnóstico diferencial e oferecer tratamento adequado em tempo útil ao paciente. Apesar dos avanços, há necessidade de iniciativas para estimular o desenvolvimento de novas formas de diagnóstico e especificar mais essas patologias. 

  • Palavras-chave
  • Ortopedia, síndrome do piriforme, ciatalgia.
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