NEOVAGINOPLASTIA COM PELE DE TILÁPIA EM PACIENTES COM SÍNDROME DE MAYER-ROKITANSKY-KUSTER-HAUSER

  • Autor
  • Izabella Sena de Oliveira
  • Co-autores
  • Amyr Abdala Gomes , Gerson Fernando Mendes Pereira
  • Resumo
  • INTRODUC?A?O: A Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (SMRKH) gera disgenesias gonadais, fazendo com que suas portadoras sejam submetidas à uma cirurgia de neovaginoplastia. A utilização de pele de tilápia nesse procedimento é algo recente mas que trouxe diversas vantagens para seu resultado.

    METODOLOGIA: O estudo foi realizado por meio de uma revisão de artigos nacionais e internacionais. Utilizou-se como palavras-chave: "Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser";"Neovaginoplastia";"Pele de tilápia". Os dados coletados foram provenientes de artigos, datados nos últimos 9 anos, nas bases de dados PUBmed, Scielo e Google Acadêmico.

    DISCUSSÃO: A SMRKH está associada ao não desenvolvimento ou ele parcial do canal vaginal, sendo a responsável por 90% de todas as causas relacionadas a disgenesias Müllerianas. Visando essa correção, a neovaginoplastia é uma opção de tratamento quando a dilatação progressiva não é bem sucedida. Esse procedimento cirúrgico possui o objetivo de gerar uma ampliação ou nova elaboração da vagina. Alguns biomateriais utilizados nesse procedimento são peritônio, segmentos do cólon, tecido amniótico ou enxertos de pele, tecidos que estão associados a complicações no tratamento e recuperação.Uma nova proposta de tratamento surgiu, sendo baseada na utilização de pele de tilápia para o revestimento do canal vaginal.

    Os procedimentos realizados utilizavam um molde de acrílico revestido com a pele de tilápia, que seriam introduzidos no canal vaginal, visando auxiliar a reepitelização desse local e funcionando como uma base para esse crescimento tecidual. A pele de tilápia apresentou um efetivo aumento do diâmetro da vagina, de 6 a 8 cm, e uma baixa taxa de rejeição e de infecção, devido a sua morfologia semelhante a pele e uma microbiota não infecciosa. Além disso, seu epitélio se adaptou ao da vagina de forma que se estabeleceu um tecido estratificado semelhante com o epitélio vaginal de uma mulher saudável, ou seja, um tecido de textura suave e sem granulações.

    CONCLUSA?O: A partir dessa análise, observou-se que a utilização da pele de tilápia na neovaginoplastia foi benéfica. As pacientes tiveram um eficaz aumento do diâmetro vaginal e satisfatória epitelização, além disso houve a implementação de um material de fácil aplicação, resultando um procedimento mais rápido, econômico e menos agressivo. Dessa forma, compreende-se que o uso da pele de tilápia possui grande potencial, contudo é necessário que haja mais estudos sobre sua utilização.

  • Palavras-chave
  • Pele de Tilápia, Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, Neovaginoplastia.
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