INTRODUÇÃO: Os contraceptivos orais são os principais usados atualmente, e estudos indicam a sua relação com a formação de trombos, que podem resultar em severas complicações. Assim, o objetivo desta revisão é relacionar o uso desse medicamento com o risco de desenvolvimento de trombose venosa. METODOLOGIA: O artigo de revisão foi desenvolvido através de pesquisas feitas em outubro de 2020, pela base de dados do PubMed, Scielo, ScienceDirect e outros. Foram utilizados trabalhos entre os anos de 2011 e 2019, em português e inglês, com as seguintes palavras-chave: tromboembolismo, trombose venosa, anticoncepcionais, hemostasia, contraceptivo hormonal, medicina, saúde e mulheres. DISCUSSÃO: Os contraceptivos hormonais são os mais utilizados pelas mulheres como forma de planejamento familiar na atualidade. A eficácia dos fármacos consiste na combinação de estrogênios e progestogênios, sendo o anticoncepcional oral combinado (AOC) o mais popular, dividido em 1ª, 2ª e 3ª geração. Esses medicamentos são compostos por hormônios que estimulam coagulantes e reduzem inibidores naturais de coagulação, sendo os riscos de trombose venosa (TV), no uso desses remédios, dependentes do tipo e teor de estrogênio e de progestágeno que, juntos, podem modular a doença. Na composição dos AOC, o etinilestradiol (EE) tem um efeito pró-coagulante, mas, em doses menores que 50 µg, o risco é reduzido. Além disso, a ligação entre a trombose venosa e os remédios é bem definida, dessa forma, sinais clínicos e complicações podem ocorrer em mulheres com predisposição à trombose. Ademais, os medicamentos com levonorgestrel (2ª geração) possuem menores chances de formar trombos em comparação aos de 3ª geração, como o gestodeno. Neste viés, a administração de remédios com EE e levonorgestrel são a melhor opção combinada. Outrossim, eventos tromboembólicos podem ocorrer no primeiro ano de prescrição do anticoncepcional hormonal, prevalecendo após o quarto mês desde o início de seu uso. Todavia, após um ano, o risco é reduzido e o tempo de administração não interfere significativamente. CONCLUSÃO: Destarte, o risco de trombose associado a contraceptivos orais combinados depende do teor de estrogênio, do tipo de progestágeno, da predisposição de trombos, da dose prescrita e do tempo de consumo. Assim, o perigo é maior no 1º ano de uso, sobretudo após o 4º mês, e em mulheres que usam medicações de 3ª geração. Apesar de o risco durante o uso dobrar quando comparado ao risco absoluto de formação de trombose, ele ainda é baixo. Logo, é crucial avaliar cada caso antes da prescrição.
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Congresso Médico UCB
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Anna Luiza Brito Franceschini
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Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
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Weberth Oliveira Santos
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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