Os desafios acerca da contracepção em mulheres transplantadas

  • Autor
  • Giordanna Gabrielly Ferreira Chaves
  • Co-autores
  • Vitória Rodrigues Ferreira , Maria Eduarda Campos Santos , Maria Leíza Vinhadelli Ribeiro , Matheus Henrique Marques de Sousa , Tiago Guimarães Gomez Barreto
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A contracepção em mulheres transplantadas é um desafio, visto que, não há um consenso determinado. Deve-se levar em conta a vulnerabilidade do órgão transplantado, os efeitos adversos e a condição clínica da paciente, além de ressaltar os órgãos comumente transplantados nas pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura nas bases de dados: Conitec, Scielo e Google Acadêmico. Utilizou-se as palavras-chaves: “anticoncepção”, “mulheres” e “organ transplantations”. Pesquisou-se artigos na língua portuguesa e inglesa, dentre os anos de 2015 à 2020. Para avaliação da elegibilidade dos artigos, realizou-se análise do título, do resumo e dos resultados. DISCUSSÃO: De acordo com os dados analisados, os órgãos mais comumente transplantados em mulheres em idade férteis são: rins (61%) e fígado (13%). Segundo estatísticas do Organ Procurement and Transplatation Network (OPTON), a taxa de gravidez não planejada em mulheres com transplante chega a 93 %. Tal cenário reflete o despreparo dos profissionais de saúde em abordarem aspectos como métodos contraceptivos e fertilidade antes e após da execução do procedimento de transplantação. Embora o transplante de órgãos melhore, significativamente, a qualidade de vida das pacientes, recuperando a libido e a fertilidade feminina, essa também apresenta vários riscos à saúde das mesmas. O transplante de rim, por exemplo, está associado a altas taxas de diagnóstico de pré-eclâmpsia e partos prematuros, do mesmo modo que o transplante de fígado está associado ao surgimento de amenorreia secundária. Na situação de transplante, recomenda-se adiar a gestação por pelo menos um ano, já que neste período é possível observar a estabilização da função do aloenxerto, avaliar doses mais baixas de agentes imunossupressores terapêuticos e se o potencial de rejeição se encontra ausente ou controlado. Recomenda-se que as mulheres com transplantes sejam orientadas quanto à escolha do método contraceptivo com menores riscos e maior eficácia e custo benefício, sendo sempre acompanhadas por um especialista. CONCLUSÃO: A fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida, as pacientes submetidas a transplante de órgãos sólidos, devem ser submetidas a um controle rigoroso feito pela equipe médica, assim como a análise de possíveis complicações e o prognóstico após a realização do transplante. Para definir o modo de contracepção para cada mulher receptora, é necessário observar com frequência os níveis séricos de imunossupressores e monitorar a evolução de cada paciente. 

  • Palavras-chave
  • "Anticoncepção" ; "Mulheres" ; "Transplantes" ;
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