INTRODUÇÃO: Cirurgias estéticas podem gerar estase venosa, reverberando na formação de trombos que, ao embolizarem, acometem a vascularização pulmonar, afecção conhecida como Tromboembolia Pulmonar (TEP). Frente a incidência dos casos e à morbimortalidade, deve-se conhecer os métodos profiláticos.
METODOLOGIA: O artigo é uma revisão de literatura, a qual aborda o TEP em cirurgias estéticas e sua prevenção. Na pesquisa foram selecionados 5 artigos, utilizando-se os bancos de dados MEDLINE e SciELO, com os descritores (“Pulmonary Embolism” AND “surgery ,plastic”) pesquisados no DeCS/MeSH. Para a escolha dos artigos, privilegiaram-se publicações mais recentes, do período de 2015 a 2020.
DISCUSSÃO: O trombo é uma espécie de massa formada após a ocorrência do processo de trombose. A sua composição caracteriza-se pela predominância de hemácias e fibrina. A formação e a evolução desse trombo dependem do equilíbrio dos fatores trombogênicos e mecanismos protetores. Sendo assim, apesar das medidas profiláticas realizadas, sejam elas mecânicas ou químicas, e seus avanços, o TEP, ainda, é considerado uma causa de relevância associada à morbidade e à mortalidade em pós-cirúrgicos.
Nesse contexto, os aspectos encontrados na tríade de Virchow, lesão vascular, fluxo sanguíneo anormal e hipercoagulabilidade, estão significativamente exacerbados. Desse modo, o processo cirúrgico e as ações realizadas no pós-operatório se tornam fatores de risco para uma maior ocorrência de TEP. A profilaxia para a TEP baseia-se na classificação de risco que é apresentada pelo paciente. Sendo assim, as intervenções profiláticas podem ser químicas (heparina fracionada, inibidores da trombina), alterações no controle anestésico e mecânicas (incluindo meias elásticas ou compressão pneumática intermitente). No presente estudo o uso de heparina subcutânea apresentou uma redução de 18% na mortalidade de forma geral, entretanto, ocasionou um aumento de 57% de sangramento não fatal. Logo, a recomendação ou não de profilaxia são feitas baseadas nas compensações entre benefícios, riscos e encargos.
CONCLUSÃO: Dado o exposto, nota-se que a TEP é uma complicação grave em pós-cirúrgicos de cirurgias estéticas, tornando-se relevante o conhecimento da profilaxia para minimização deste risco. Embora certas medidas preventivas apresentadas possam culminar em efeitos adversos, é fundamental o embasamento na individualidade de cada paciente, e, quando existentes, nas comorbidades e fatores de risco. Assim, poder-se-á diminuir significativamente a morbimortalidade frente a estes procedimentos.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica