O uso de Milrinona na Hemorragia Subaracnóidea Espontânea

  • Autor
  • Maria Clara Potiguara Azevedo Teixeira
  • Co-autores
  • Clara Demeneck Pereira , Matheus Macêdo da Silva , Beatriz Toledo Mendes , Pedro Victor Matos Moreno da Silva , Henrique de Lacerda Pereira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Hemorragia Subaracnóide (HS) é causa importante de morte prematura e incapacidade, responsável por 5% dos Acidentes Vasculares Cerebrais. Após o quadro hemorrágico, a incidência de vasoespasmo cerebral é de 70%, sendo indicado o uso de Milrinona para reduzir a morbimortalidade. 

    METODOLOGIA: Foi realizada busca bibliográfica nas base de dados Scielo e PubMed, no período de Setembro a Outubro de 2020, utilizando os descritores ''Hemorragia Subaracnóide'', "Hemorragia Subaracnóidea Espontânea" e "abordagem com Milrinona" e seus correspondentes em inglês. Foram utilizados 24 artigos científicos para a revisão. 

    DISCUSSÃO: A HS decorre da rotura de aneurisma ou malformação vascular. A queixa clínica é cefaleia de início súbito, não traumática, com pico em até uma hora, decorrente de vasoespasmo pós-traumático (VPT), que leva ao coma. O VPT é insulto secundário do cérebro lesionado, decorrente do estreitamento das artérias cerebrais, com início em 3 a 5 dias, máximo entre 5 a 14 dias e atenuação com 2 a 4 semanas.  Ocorre, então, espessamento das paredes por fibrose subendotelial, com vasodilatação prejudicada. A abordagem da HS não é bem estabelecida. O uso da milrinona é uma terapêutica recente e controversa. Ela é um inibidor da fosfodiesterase III que altera vias de AMPc, produzindo vasodilatação e efeito inotrópico positivo, aumentando força de contratilidade cardíaca. Em infusão contínua, é capaz de manter a volemia, natremia, glicemia e normotensão, com bom desfecho neurológico. Entretanto, quando comparada ao Sulfato de Magnésio, que inibe a liberação de aminoácidos excitatórios e bloqueia receptores de glutamato N-metil-D-aspartato, a Milrinona apresenta pior prognóstico, associada a maior incidência de hipotensão e necessidade de norepinefrina, com maior taxa de infarto isquêmico tardio. A administração de milrinona intra-arterial no território cerebral envolvido, seguida de infusão intravenosa contínua até 14º dia se mostrou superior à administração via intravenosa isolada.

     

    CONCLUSÃO: O vasoespasmo decorrente da Hemorragia Subaracnóidea ainda permanece pouco compreendido e com importância clínica subestimada, visto que uma grande porcentagem dos pacientes o apresentará já em um estado comatoso, de difícil diagnóstico. O tratamento com milrinona foi descrito em poucos relatos, e pode representar uma nova opção terapêutica vantajosa no controle e dos danos neurológicos e redução da elevada morbimortalidade apresentada pela HS.

     

  • Palavras-chave
  • Milrinona, Hemorragia Subaracnóidea Espontânea, Hemorragia Subaracnóide
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