DEFICIÊNCIA DE FERRO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

DEFICIÊNCIA DE FERRO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

• Autor
• Nádia Gabriela Leite Cruz
• Co-autores
• Hildeman Dias da Costa , Viviane Cristina Cardoso Francisco
• Resumo

• INTRODUÇÃO: O rim representa a fonte primária de eritropoietina, sendo a sua produção adaptável às necessidades orgânicas. Os níveis de hemoglobina declinam à medida que há diminuição na taxa de filtração glomerular, tornando a anemia uma complicação frequente em pacientes com Doença Renal Crônica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, na qual, após filtros, foram utilizados 14 artigos publicados nos últimos 10 anos. Para pesquisa eletrônica, foram aplicados os descritores Doença Renal Crônica, Anemia e Deficiência de Ferro, bem como seus correspondentes em inglês e espanhol, nas bases de dados SciELO, Google Scholar e PubMed. DISCUSSÃO: A anemia da Doença Renal Crônica (DRC) surge a partir do estágio 3 da doença. Pacientes anêmicos nos estágios 1 e 2 de DRC geralmente apresentam outras causas de anemia. Todos os artigos citaram como duas principais causas de DRC a diabetes e a hipertensão arterial. A deficiência de ferro foi estimada em cerca de 65% dos pacientes com DRC. A depuração de creatinina e o bicarbonato foram identificadas como variáveis independentes associadas com os níveis de hemoglobina. O hiperparatireoidismo secundário também foi apontado como uma das principais complicações da doença renal crônica. De acordo com os artigos, o uso isolado de eritropoietina não funciona na situação de deficiência de ferro. A reposição de vitamina B12 e ácido fólico é recomendada apenas em caso de deficiência destas substâncias. A reposição de ferro deve ser feita prontamente por via endovenosa nos pacientes em programa de hemodiálise, pois estes pacientes têm perda crônica de sangue. Em pacientes em diálise peritoneal deve ser realizada a reposição endovenosa de ferro em caso de não resposta à terapia oral. Foi apontado que os principais efeitos colaterais dos medicamentos estimuladores da eritropoese são o advento ou piora da hipertensão arterial e fenômenos trombóticos, e que estados inflamatórios dificultam a suplementação de ferro, recomendando-se o tratamento destes o mais rápido possível. CONCLUSÃO: A anemia é frequente em pacientes com doença renal crônica, sendo imperiosa a reposição de ferro. A prevenção da anemia na DRC consiste na própria prevenção da DRC. As duas principais causas de DRC são diabetes e hipertensão arterial. Estas duas situações estão associadas com hábitos alimentares inadequados, falta de atividade física e obesidade. Portanto, prevenir o advento de diabetes e hipertensão arterial é uma forma de minimizar os efeitos da DRC e a anemia associada.

• Palavras-chave
• Doença Renal Crônica, Anemia, Deficiência de Ferro, Eritropoietina
• Área Temática
• Temas Livres