A NEUROBIOLOGIA DA DEPRESSÃO, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Autor
  • Thaiz Geovana Bezerra
  • Co-autores
  • Maria Angélica Otero de Melo dos Reis , Tainara Sales Miranda , Layandra Vittória de Assis , Layara de Assis
  • Resumo
  • Introdução - O distúrbio depressivo maior ( DDM) é uma das mais comuns e debilitantes desordens mentais da atualidade que afeta ao redor de 16% da população mundial, associada com doenças crônicas graves. No entanto, lacunas críticas permanecem nos conhecimentos de sua neurobiologia e tratamento. Metodologia - As bases de dados PubMed,  Scielo, MedLine e Lillacs foram utilizadas sem restrição de idioma, período de 2015 a 2020 e com os descritores: major depresion disorder and neurobiology . Dentre os 39 artigos encontrados, o critério de inclusão foi: estudos originais publicados em jornais e revistas com equipe editorial e revisão por pares; sendo assim somente 6 estudos selecionados. Discussão - De acordo com relatórios da OMS, a DDM, até 2030 será considerada uma condição grave. A DDM é uma desordem altamente complexa com diversas etiologias que incluem fatores não só genéticos mas também epigenéticos e ambientais que, em conjunto, levam à doença. Sua heterogeneidade representa um problema sério principalmente por seus diversos mecanismos patofisiológicos e o fato de que os pacientes manifestarem diferentes combinações destes mecanismos. Estes mecanismos podem ser organizados de acordo com os níveis patológicos de neuroquímica, tecidos  e órgãos, como a inflamação ou respostas exacerbadas ao stress, além de possíveis neurocircuitos alterados. As hipóteses neurobiológicas clássicas da doença são a monoaminérgica e o envolvimento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, mas recentemente está sendo explorado o envolvimento de alterações de neuroplasticidade e neurotrofinas em áreas cerebrais vulneráveis, processos inflamatórios e as alterações da função mitocondrial e da bioenergética neuronal. Todos estes mecanismos propostos supostamente estão integralmente relacionaods e interagem bidirecionalmente. Estudos de neuroimagem também demonstraram alterações estruturais específicas em vários grupos límbicos e não límbicos como no córtex pré frontal e cingulado, com metabolismo e volume reduzidos e ocorrência de atrofia do hipocampo com a progressão da síndrome. Conclusão - O conhecimento sobre a fiisiopatologia e neurobiologia da DDM tem evoluído nos últimos anos mas ainda existem diversas incertezas sobre o tema, evidenciando-se a necessidade dos investigadores focarem os estudos não só no aspecto da sua heterogeneidade mas também utilizando uma abordagem multidisciplinar para explorar suas bases neurobiológicas. Torna-se também imperativo ir além destes fatores para uma revisão dos fatores neurotróficos e farmacogenéticos dos antidepressivos atuais.

  • Palavras-chave
  • Depressão, distúrbio depressivo maior e neurobiologia
  • Área Temática
  • Temas Livres
Voltar
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva

Comissão Científica