A eletroconvulsoterapia como terapêutica alternativa em pacientes esquizofrênicos refratários ao tratamento medicamentoso.

  • Autor
  • Lucas Jezuino Carvalho
  • Co-autores
  • Gabriela Miranda Nascimento , João Victor Cotrim Rezende , Larissa Figueredo Mascarenhas , Matheus Ivan Marques Ferreira , Fernanda Caroline Moura Garcêz
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: a esquizofrenia (EQZ) é um distúrbio mental caracterizado por sintomas como a alucinação. É potencialmente incapacitante e, em geral, tem baixa resposta clínica ao tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia (ECT) tem se mostrado uma alternativa promissora em pacientes refratários.

    METODOLOGIA: a revisão de literatura tem como motivação evidenciar os benefícios da ECT, bem como degradar o estigma histórico que a acompanha. Foram pesquisados artigos nas bases de dados “Scielo” e “Pubmed”, utilizando os descritores booleanos “eletroconvulsive therapy” e “schizophrenia”, sendo selecionados 6 artigos em inglês, publicados entre os anos de 2017 e 2019.

    DISCUSSÃO: A ECT é uma técnica terapêutica que surgiu em 1938, quando psiquiatras perceberam que seus pacientes apresentavam melhora clínica após um incidente convulsivo. Porém, o mecanismo de ação da ECT ainda não é completamente elucidado. É realizada por meio do posicionamento de eletrodos em regiões da cabeça que induzem convulsões no paciente. Todo o preparo peri-operatório, com a administração anestésica, correto posicionamento dos eletrodos e ajuste das ondas elétricas permitem que esse procedimento seja indolor e rápido, causando poucos efeitos adversos ao paciente. Porém, essa terapia carrega uma história de violência e sofrimento. A falta de preparo com o paciente permitia que a aplicação do eletrochoque fosse um procedimento doloroso capaz de causar fraturas e outros efeitos adversos graves. Entretanto, a ECT tem apresentado bons resultados na remissão clínica de pacientes psiquiátricos, como depressivos maiores e esquizofrênicos, sobretudo naqueles refratários ao tratamento farmacológico. Não há contraindicações absolutas na literatura para a realização de ECT, mas neuropatas carecem de maior cuidado. Os efeitos adversos incluem cefaleia, amnésia, confusão mental, porém geralmente são leves e tendem a ser revertidos nas horas seguintes às sessões. A ECT trata-se de uma técnica terapêutica marcada por um histórico negativo, mas com potencial ainda subestimado.  

    CONCLUSÃO: A EQZ é uma doença psiquiátrica de difícil manejo clínico, que apresenta baixas taxas de remissão clínica ao tratamento farmacológico. Novas ferramentas estão sendo estudadas para que sejam possíveis controle e remissão desse distúrbio e a ECT tem tido bons resultados. Apesar de ter uma raiz histórica violenta, essa técnica merece uma olhar científico e livre de preconceitos para que seu potencial terapêutico seja evidenciado.

     

  • Palavras-chave
  • Eletroconvulsoterapia, esquizofrenia, eletroconvulsive therapy, schizophrenia
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