INTRODUÇÃO: a esquizofrenia (EQZ) é um distúrbio mental caracterizado por sintomas como a alucinação. É potencialmente incapacitante e, em geral, tem baixa resposta clínica ao tratamento farmacológico. A eletroconvulsoterapia (ECT) tem se mostrado uma alternativa promissora em pacientes refratários.
METODOLOGIA: a revisão de literatura tem como motivação evidenciar os benefícios da ECT, bem como degradar o estigma histórico que a acompanha. Foram pesquisados artigos nas bases de dados “Scielo” e “Pubmed”, utilizando os descritores booleanos “eletroconvulsive therapy” e “schizophrenia”, sendo selecionados 6 artigos em inglês, publicados entre os anos de 2017 e 2019.
DISCUSSÃO: A ECT é uma técnica terapêutica que surgiu em 1938, quando psiquiatras perceberam que seus pacientes apresentavam melhora clínica após um incidente convulsivo. Porém, o mecanismo de ação da ECT ainda não é completamente elucidado. É realizada por meio do posicionamento de eletrodos em regiões da cabeça que induzem convulsões no paciente. Todo o preparo peri-operatório, com a administração anestésica, correto posicionamento dos eletrodos e ajuste das ondas elétricas permitem que esse procedimento seja indolor e rápido, causando poucos efeitos adversos ao paciente. Porém, essa terapia carrega uma história de violência e sofrimento. A falta de preparo com o paciente permitia que a aplicação do eletrochoque fosse um procedimento doloroso capaz de causar fraturas e outros efeitos adversos graves. Entretanto, a ECT tem apresentado bons resultados na remissão clínica de pacientes psiquiátricos, como depressivos maiores e esquizofrênicos, sobretudo naqueles refratários ao tratamento farmacológico. Não há contraindicações absolutas na literatura para a realização de ECT, mas neuropatas carecem de maior cuidado. Os efeitos adversos incluem cefaleia, amnésia, confusão mental, porém geralmente são leves e tendem a ser revertidos nas horas seguintes às sessões. A ECT trata-se de uma técnica terapêutica marcada por um histórico negativo, mas com potencial ainda subestimado.
CONCLUSÃO: A EQZ é uma doença psiquiátrica de difícil manejo clínico, que apresenta baixas taxas de remissão clínica ao tratamento farmacológico. Novas ferramentas estão sendo estudadas para que sejam possíveis controle e remissão desse distúrbio e a ECT tem tido bons resultados. Apesar de ter uma raiz histórica violenta, essa técnica merece uma olhar científico e livre de preconceitos para que seu potencial terapêutico seja evidenciado.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
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Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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