Correlação entre infecção pelo HIV e evolução de lesões intraepiteliais cervicais.

  • Autor
  • Anna Luiza Brito Franceschini
  • Co-autores
  • Daniel Sepúlveda Brito Barreto , Andressa Bessa Santos , Larissa Figueredo Mascarenhas , Letícia Olivier Sudbrack
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A coinfecção entre o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e o Papilomavírus Humano (HPV) nas mulheres sugere maior risco de evolução de lesões intraepiteliais cervicais para neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC), as quais podem regredir com uso adequado de terapia antirretroviral (TARV). 

    METODOLOGIA:

    Foi realizada uma revisão de literatura entre o período de 2014 a 2020, utilizando-se as bases de dados PubMed e Scielo, com os descritores: “HIV”, “Cervical Intraepithelial Neoplasia” e “Papiloma Vírus Humano”. Foram selecionados seis artigos científicos em Língua inglesa e Portuguesa e excluídos 26, os quais não se tratavam do tema proposto. 

    DISCUSSÃO:

    A relação entre a infecção pelo HIV e o desenvolvimento de lesões do colo uterino pelo HPV está ligada a incidência e a persistência da infecção. Estudos epidemiológicos evidenciam que mulheres infectadas pelo HIV possuem maior risco de infecção persistente por HPV e aparecimento de lesões intraepiteliais cervicais que podem evoluir como NIC. Foi relatada uma ampla taxa de incidência, com mediana 3 vezes maior e com progressão de 2 vezes mais probabilidade para lesão cervical em grupo de mulheres HIV positivo, comparado com o grupo HIV negativo. A explicação para esse fato consiste na queda dos níveis de linfócitos CD4+ abaixo de 200/mm³ em mulheres com HIV. Alguns estudos pontuaram como fator de incidência de infecção pelo HPV a redução das células de Langerhans do colo uterino em mulheres com HIV e em estado de imunossupressão. No que tange o uso da TARV, os estudos evidenciaram uma redução da incidência de lesões cervicais, uma redução na progressão e uma alta taxa de regressão de lesões em pacientes com o uso da terapia nos períodos recentes da infecção. Deve-se levar em consideração a adesão adequada ao tratamento e o controle virológico. Isso ocorre pela recuperação de contagem de CD4+, pelo controle da viremia do HIV e pelo acompanhamento após o início da TARV.

    CONCLUSÃO: Considerando, portanto, a relevância epidemiológica no Brasil e o impacto das neoplasias de colo uterino na saúde é importante estar sempre atento à população de risco associada ao HIV. O uso da TARV aparenta ser fator protetor, porém ainda é imprescindível solidificar o protocolo especializado de prevenção com a colpocitologia oncótica que, nessas pacientes, deve ser realizado com uma frequência maior. Com adequadas terapia e prevenção será possível melhorar a morbimortalidade feminina no país.

  • Palavras-chave
  • HIV, Cervical Intraepithelial Neoplasia e Papiloma Vírus Humano.
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