INTRODUÇÃO: A Dermatotilexomania (DTM) é uma psicodermatose associada a estressores emocionais. Caracteriza-se por causar recorrentes escoriações na pele, o que acarreta lesões cutâneas. Ela pode gerar constrangimento, comprometendo relações sociais e a qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática e integrativa nas bases de dados: Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Pesquisou-se artigos de 2015 a 2020 utilizando-se as palavras-chaves: “escoriação neurótica”, ” qualidade de vida”, “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” e “Dermatotilexomania”. DISCUSSÃO: A DTM é caracterizada por um curso crônico e prevalência na população, em torno de 1,4%, acometendo mais mulheres, na faixa dos 40 a 50 anos de idade. A idade de início dessa patologia acontece, principalmente, na adolescência e tem a herdabilidade genética como coeficiente em sua fisiopatologia. A DTM tem como comorbidades associadas, as psicopatologias, como: a tricotilomania, os transtornos da ansiedade e a depressão maior, sendo que na depressão maior há ainda o risco de ideação suicida nos pacientes acometidos e um declínio na funcionalidade desses, por volta de 75%.Quanto ao quadro clínico, o início das manifestações, assim como, as exacerbações encontram-se intrinsicamente relacionadas ao estresse emocional, configurando em escoriações da pele mais frequentemente em regiões desnudas, associadas ao aparecimento de pensamentos e ideias depreciativas sobre o próprio corpo, como: tristeza, negatividade e vergonha. Reconhecida como entidade diagnóstica no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em 2013, a propedêutica e a aplicação clínica de escalas, como: a “Skin Picking Symptom Assessment Scale”, esclareceu-se o tratamento através da psicoterapia, com técnicas cognitivas e/ou comportamentais para uma melhora na qualidade de vida dos pacientes. CONCLUSÃO: Todos esses fatores dificultam a interação social dos pacientes acometidos pela DTM, uma doença tanto dermatológica quanto psiquiátrica. Essa afeta negativamente a qualidade de vida e o aspecto biopsicossocial dos pacientes, visto que, o controle desses mecanismos auto lesivos configura-se como um desafio. O sucesso clínico é pautado na boa análise e exclusão de diagnósticos diferenciais, assim como o posterior tratamento que deve ser multiprofissional e individualizado.
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