Relato de caso: Pneumonia por SARS-CoV-2 em paciente com uso de tratamento precoce

  • Autor
  • Carolinne da Silva Nunes Cruz
  • Co-autores
  • Eduardo Teodoro Lima , Gilda Elizabeth Oliveira da Fonseca
  • Resumo
  • Introdução: A nova doença do coronavírus (COVID-19) tem um espectro clínico amplo, com tropismo pelo pulmão, podendo variar de ausência ou presença de sintomas gripais e outros. No caso, o paciente exibiu sintomas gripais iniciais, realizou tratamento medicamentoso precoce, porém evoluiu com piora. 

    Descrição do caso: Paciente, 63 anos, sexo masculino, sem comorbidades. Nega uso de medicação regular. Iniciou há 5 dias antes da internação com tosse seca, cefaléia, astenia, sem febre ou dispneia. Fez uso de Ivermectina, Hidroxicloroquina, Azitromicina, Vitamina D e Zinco devido à piora do quadro clínico e ao resultado de RT-PCR SARS-CoV-2 detectável realizado externamente. Buscou hospital público para a realização de exames, dentre os quais a Tomografia Computadorizada de Tórax sem contraste, que exibiu infiltrado intersticial do tipo vidro fosco, consolidações dispersas difusamente por cerca de 30% do parênquima,  sendo então internado. Na internação foi feito tratamento com antibiótico, corticóide, anticoagulante em dose profilática e oxigenoterapia sob cateter nasal, além de fisioterapia e vigilância clínica. Após 2 dias de internação, apresentou RT-PCR SARS-CoV-2 não detectável.

    Discussão: Nota-se que o paciente fez uso medicamentos ditos como tratamento precoce de COVID-19: Hidroxicloroquina, Azitromicina e Ivermectina, e mesmo assim evoluiu desfavoravelmente. Estudos apontaram que o uso de hidroxicloroquina associado ao de azitromicina nas fases avançadas da COVID-19 não tiveram efeito. Entretanto, existem dados observacionais com hipóteses de que essa combinação altera o curso da doença nas fases iniciais, com provável diminuição da morbimortalidade. Na internação, os medicamentos foram prescritos com a intenção de tratar a pneumonia adquirida e tentar evitar ainda mais possíveis complicações. Vale salientar que a abordagem do tratamento precoce para COVID-19 é controversa. Neste caso, questiona-se se o tratamento precoce teve efetividade, e se contribuiu negativamente ou positivamente para a evolução do quadro do paciente.

    Conclusão: O paciente apresentou alguns sintomas típicos e a confirmação de COVID-19. Ressalta-se que ele tomou diversas medicações para o tratamento precoce da doença, contudo foi internado. Não se pode afirmar que esse uso beneficiou ou não no seu tratamento. Por esse motivo, ainda são necessários estudos mais detalhados, quanto a eficácia desses medicamentos precocemente na infecção pelo SARS-CoV-2. 

  • Palavras-chave
  • Tratamento precoce; COVID-19; SARS-CoV-2; Pneumonia
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