Título: Consequências do uso de Ritalina em pacientes não diagnosticados com TDAH
Introdução: O aumento do uso não prescrito de Ritalina se dá pela necessidade de melhora no desempenho cognitivo. Contudo, o uso indiscriminado desse fármaco para outros fins que não o tratamento de TDAH pode causar efeitos como a dependência química, irritabilidade e distúrbios neuropsiquiátricos.Metodologia: Foi feita uma revisão de literatura com busca no PubMed, Google Scholar, LILACS e SciELO. Utilizou-se os descritores (“Methylphenidate” AND “self-medication”) pesquisados no MeSH e DeCS. Foram pesquisados artigos que configuraram metanálises, revisões sistemáticas e de literatura, que estavam nos idiomas inglês e português, publicados entre 2015 e 2019, os quais 11 foram selecionados.Discussão: A Ritalina, cuja base é o metilfenidato (MTF), é um estimulante do sistema nervoso central, o qual normalmente é prescrito por longos períodos para tratamento de Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) por seus efeitos no aumento da cognição do indivíduo. Nesse contexto, devido a grande cobrança, tanto no contexto do mercado de trabalho, como na ingressão à uma universidade, atualmente, o número de pessoas que utilizam drogas do tipo estimulantes aumenta cada dia mais, isso para se alcançar os resultados almejados e esperados. Assim, muitos estudos foram feitos acerca do uso não prescrito (“off-label”) de MTF com o intuito de mostrar as consequências de sua utilização, para fins não curativos. Os efeitos são divididos em dois tipos: os de curto prazo e os de longo prazo. Os efeitos de curto prazo predominantes foram: taquicardia, perda de apetite, agravamento das convulsões em pessoas epiléticas, dor abdominal, náusea, vômito, cefaleia, insônia, anorexia, taquicardia, palpitação, arritmias, alterações na pressão arterial, tiques, insônia, alucinações. Já, a longo prazo, o uso indiscriminado pode ter um efeito de dependência química, visto que, muitas vezes este é comparado com a cocaína por seu efeito psicoestimulante, além de causar aumento das taxas de depressão e suicídio.Conclusão: Ante o exposto, fica vidente que a busca da Ritalina tem se intensificado, principalmente, em indivíduos que visam um aumento da cognição, sem se atentar a real função do medicamento para o tratamento do TDAH. Podendo ocasionar efeitos importantes, que levam a uma série de consequências físicas e psiquiátricas, as quais não foram totalmente elucidadas, a ver que os estudos são limitados em quantidade e relevância, sendo necessários pesquisas para uma abordagem mais assertiva.
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