A feminização da medicina: o crescimento da formação acadêmica das mulheres e suas implicações

  • Autor
  • Milena Soares Souza
  • Co-autores
  • Gustavo Almeida Granja , Yasmim Botelho Neiva , Evellyn Mariana de Brito Moraes , Beatriz Targino Araújo da Paixão , Armando José China Bezerra
  • Resumo
  • Título: A feminização da medicina: o crescimento da formação acadêmica das mulheres e suas implicações. Introdução: A partir da segunda metade do se?culo XX, houve crescente feminizac?a?o da medicina no a?mbito universita?rio e no mercado de trabalho. O processo de transição decorrente desse acontecimento gerou mudanças na dinamização das especializações médicas, que trarão consequências futuras. Metodologia: Revisão sistemática de literatura por meio de artigos nas bases de dados Scielo e Google Scholar. Filtros utilizados para busca: artigos de revisão em português e publicações de 2013-2019. Foram selecionados 5 artigos. Descritores: Feminização da medicina. Critérios de exclusão: referências duplicadas e publicações anteriores ao ano de 2013. Discussão: Durante a segunda metade do século XX, algumas faculdades brasileiras de medicina começaram a notar o crescimento da presença de mulheres no contexto acadêmico. A partir de 1990, esse número se tornou expressivo, contendo 30,80% de mulheres na profissão. Já em 2014, entre os médicos até 29 anos de idade, as mulheres representavam 56,2%. Contudo, esse dado não pode ser aplicado a todos os estados brasileiros, uma vez que a proporção entre médicos dos sexos masculino e feminino varia entre as unidades da federação, como no Distrito Federal, em que, no ano de 2012, 43,40% da população médica era feminina. Além disso, entre os médicos mais idosos, o cenário é predominantemente masculino. Nesse sentido, o processo de feminização da medicina trouxe consequências para a profissão, como a diminuição do interesse de algumas especialidades pelos médicos homens, por estas serem vistas como femininas. Outra consequência é a melhora da relação médico-paciente, uma vez que médicas apresentam relações mais harmoniosas. Por fim, tanto a saúde quanto a produtividade da mulher médica pode ficar comprometida, visto que ela apresenta maior tendência a ser sobrecarregada por ter diversos papéis como os de docente, pesquisadora, mãe e esposa. Conclusão: No fim do século XX, se tornou significativa a participação da mulher no meio médico, contando com 30,80% de mulheres nesse espaço. Essa mudança promoveu consequências tanto positivas quanto negativas para essa profissão. Uma vez que existem poucas pesquisas atualizadas sobre a feminização da medicina, estudos sobre o tema devem ser fomentados para reverter essa situação.

  • Palavras-chave
  • Feminização, Medicina, Educação médica
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