Introdução: Houve aumento significativo dos casos de cefaleia tensional associada à rápida disseminação do COVID-19, devida imprevisibilidade acerca da duração da pandemia e seus desdobramentos. Assim, devida importância do tema e seu impacto atualmente, estudos como este são de grande relevância. Descrição do caso: A experiência se deu em um ambulatório de faculdade de medicina, em que acadêmicos atenderam uma paciente do sexo feminino, 62 anos, diabética, hipertensa e com diagnóstico de depressão há mais de 10 anos. A queixa principal relatada foi uma cefaléia, com início há 7 meses e piora nos últimos 5 meses, de localização generalizada, com característica de aperto/pressão, a qual piorava ao final do dia e com o estresse, não melhorava com analgésicos comuns e se classificava em 8/10 na escala de dor. Após anamnese detalhada, verificou-se que a paciente costumava fazer atividade física regularmente (1 hora, durante pelo menos 5 vezes na semana), mas que diminuiu consideravelmente a periodicidade, devido momento de pandemia pelo COVID-19. O exame físico cefaliátrico foi realizado e não foi identificada nenhuma anormalidade, reforçando a hipótese de cefaléia do tipo tensional. Discussão: A cefaléia é uma queixa prevalente na área da saúde com piora significante da qualidade de vida. A tipo tensional é classificada em primária, mais frequente no sexo feminino e pode ser episódica (uma a duas vezes por mês), dor de caráter contínuo, não pulsátil, nas regiões frontal, parietal e temporal occipital. Ou pode ser crônica, aquela mais constante (uma a duas vezes por semana). Na anamnese deve-se considerar elementos sociais, emocionais, ambientais e comportamentais, uma vez que esse tipo de cefaléia está relacionada com alterações psicossociais. Portanto, com a pandemia e isolamento social, existem abalos por desemprego, falta de contato com pessoas amadas e medo de mortes através da contaminação por coronavírus. Ademas, essa circunstância atual gera quadros de depressão e ansiedade e, com isso, um ciclo psicopatológico enfrentado por grande parte da população. Conclusão: Conclui-se que, a cefaleia do tipo tensional além de ser bastante recorrente, teve um aumento significativo no número de casos durante a pandemia, devida sua relação intrínseca com causas de instabilidade emocional e estresse provocado pelo cenário do COVID-19, como no caso relatado acima. Sendo assim, medidas imprescindíveis podem ser utilizadas para amenizar esses fatores desencadeantes como a prática de exercícios físicos em casa e técnicas de relaxamento, como yoga e meditação.
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