Introdução: A cetoacidose metabólica (CAD), caracterizada por hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica com hiato iônico alto, é uma das principais complicações agudas da diabetes mellitus tipo 1. Sendo a principal causa de óbitos pediátricos nesse grupo, objetiva-se abordar seu manejo e tratamento.
Metodologia: Revisão de literatura com busca no PubMed/MEDLINE, SciELO e LILACS, utilizando os descritores ("diabetic" AND "ketoacidosis" AND "pediatric"). Selecionados artigos nacionais e internacionais, que melhor abordaram a cetoacidose diabética em pacientes pediátricos e excluindo artigos duplicados ou não disponíveis, restringiu-se a 5 artigos.
Discussão: A CAD consiste em um distúrbio endócrino resultante da deficiência de insulina e do aumento dos níveis circulantes de hormônios contrarreguladores. Progride dentro de poucas horas após o(s) evento(s) precipitante(s), podendo apresentar sinais de descompensação do diabetes, caracterizado pela poliúria, polidipsia e emagrecimento; ao exame físico, sinais de desidratação, taquipneia, hipotensão e, nos casos mais graves, choque. Dentre as principais causas predisponentes encontram-se as infecções, sendo a pneumonia uma das mais frequentes, além do uso inadequado de insulina, devido à má adesão ao tratamento. Dessa maneira, por ser frequente na admissão em emergência ou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e apresentar um alto índice de mortalidade entre crianças e adolescentes com DM1, o exame clínico é imprescindível para o diagnóstico, não desprezando-se os exames laboratoriais necessários para o efetivo tratamento, sendo necessário a realização de glicemia, cetonúria, gasometria venosa, eletrólitos e hemograma. A monitorização dos sinais vitais deve ser rigorosa assim como a observação neurológica e balanço hídrico. O objetivo terapêutico é o de corrigir a desidratação e reverter a cetose, corrigir a acidose e restabelecer a normalidade da glicemia evitando as complicações e interrompendo o quadro agudo para tratar a causa e prevenir futuros episódios.
Conclusão: O protocolo de tratamento em urgência se mostrou efetivo com administração de fluidos para correção da desidratação severa e reversão da acidose, com uso de insulina regular endovenosa em infusão contínua ou insulina ultrarrápida por via subcutânea, assim como a administração de bicarbonato para pacientes com pH menor que 6,9 e a reposição de potássio, evitando complicações severas como edema cerebral e sequelas neurológicas permanentes, hipocalemia ou óbito do paciente.
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