Abordagem cirúrgica em aneurismas intracranianos rotos: uma revisão de literatura

  • Autor
  • Wender Soares Santiago
  • Co-autores
  • Alessandro Porto e Auad , Glauco Soares Silva , Lia Mara Mesquita Rosa , Natália Rodolf Ghannan , Thainá de Araújo Rodrigues
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO

    Aneurisma intracraniano roto é uma emergência médica em que há o rompimento de uma artéria cerebral. Ele ocorre mais em mulheres e na 4ª década de vida. A circulação anterior é a mais atingida e o tratamento cirúrgico possui técnicas desconstrutivas e reconstrutivas.

    METODOLOGIA

    Realizou-se uma revisão de literatura nas bases de dados Google Scholar e Pubmed referente aos últimos dez anos buscando estudos de coorte retrospectivos e meta-análises sobre aneurisma intracraniano roto e seu tratamento. Utilizou-se as palavras-chaves “aneurisma intracraniano roto”, “hemorragia subaracnóidea” e “tratamento”.  O presente artigo visa analisar o tratamento cirúrgico.

    DISCUSSÃO

    O tratamento cirúrgico é dividido em técnicas não construtivas, como a oclusão endovascular por meio de bobina e a clipagem microcirúrgica (padrão-ouro), e reconstrutivas, com a colocação de stent, enrolamento assistido por stent e o desvio de fluxo. Os dois métodos mais utilizados para ocluir o aneurisma são a clipagem microcirúrgica do colo do aneurisma, que é a mais utilizada no Brasil, e a oclusão do lúmen do aneurisma por bobina endovascular. A mortalidade dos indivíduos que conseguem receber tratamento médico gira em torno de 50%, sendo variáveis as taxas de morbidade pós-operatória. A literatura mostra que a oclusão vascular associa-se a bons resultados neurológicos a médio e a longo prazo.  Adiante, ao se comparar as técnicas de bobina endovascular e de clipagem microcirúrgica, esta obteve melhores resultados ao se avaliar o surgimento de novos sangramentos e complicações. Percebeu-se, também, maior tendência de infarto cerebral, por eventos tromboembólicos, após tratamento com desvio de fluxo em comparação com as técnicas tradicionais de enrolamento endovascular. Por fim, a hipertensão arterial foi a comorbidade mais relacionada com o risco de ruptura do aneurisma e as principais complicações da hemorragia subaracnóidea foram o ressangramento, vasoespasmo, hiponatremia, hidrocefalia e doença meningocócica.

    CONCLUSÃO

     

    O aneurisma intracraniano roto é uma emergência médica com elevada taxa de mortalidade. O tratamento cirúrgico mais utilizado ainda é a clipagem microcirúrgica do colo do aneurisma, apesar do surgimento de novas técnicas nas últimas décadas. Há  uma alta tendência de  infarto cerebral por evento tromboembólico no desvio de fluxo. Por fim, ainda há várias complicações peri-operatórias das quais não temos critérios de prevenção bem estabelecidos, necessitando de mais estudos das técnicas.

  • Palavras-chave
  • Aneurisma intracraniano roto, hemorragia subaracnóidea, tratamento
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