O TRATAMENTO COM RITUXIMABE PARA A SÍNDROME DE SJOGREN

  • Autor
  • Natalia Rodrigues Mauricio Barros
  • Co-autores
  • Amyr Abdala Gomes , Priscila Chaves Cruz , Izabella Sena de Oliveira , Milton Rego de Paula Junior
  • Resumo
  • O TRATAMENTO COM RITUXIMABE PARA A SÍNDROME DE SJOGREN

    INTRODUÇÃO:A Síndrome de Sjögren (SS) é uma patologia sistêmica que afeta glândulas exócrinas.Por ser uma doença autoimune, pode-se realizar o tratamento com anticorpos monoclonais, produzidos artificialmente para epítopos específicos do antígeno. Para a SS, o utilizado é o Rituximabe, um anti-CD20.

    METODOLOGIA:O estudo foi realizado por meio de uma revisão da literatura nacional e internacional, retirada dos bancos de dados PubMed, Medline e Scielo. Os artigos utilizados   foram publicados a partir do ano de 2006. As palavras-chave utilizadas foram "Síndrome de Sjogren", "Anticorpos monoclonais" e "Rituximabe".

    DISCUSSÃO:A Síndrome de Sjogren é uma patologia sistêmica inflamatória crônica e autoimune, tendo repercussões clínicas principalmente nas glândulas salivares e lacrimais, caracterizadas por casos de xeroftalmia e xerostomia. O quadro imunológico dessa síndrome ocorre por um mecanismo de infiltração linfocitária T e B nessas glândulas. Essas células B, em condições normais, estão associadas em sua superfície ao antígeno CD20, responsável pelo processo de maturação e diferenciação dessa célula, que produz anticorpos. Contudo, na SS esses linfócitos B estão hiper reativos produzindo autoanticorpos, capazes de atacar o próprio organismo. Em vista disso, uma opção terapêutica estudada para essa síndrome é o  Rituximabe um anticorpo monoclonal, anti-CD20. Esse medicamento ao associar seu CDR (região determinante da complementaridade) ao antígeno CD20 provoca uma reação citotóxica, levando a uma depleção de linfócitos B e, consequentemente, impedindo a produção de novos autoanticorpos. Na literatura abordada foi constatado que, na maioria dos estudos, ao utilizar o Rituximabe houve uma melhora nos sintomas de fadiga, no ressecamento e na morfologia das glândulas, além do aumento da produção de saliva. Todavia, observou-se um maior número de fatores ativadores de linfócitos B (BAFF), responsáveis por estimular a maturação de novas células B, podendo comprometer o tratamento.

    CONCLUSÃO:A partir desse estudo, foi evidenciado que não há um consenso sobre a eficácia do tratamento com o Rituximabe, devido as diferentes metodologias utilizadas nas referências abordadas, como na seleção de candidatos e no período de estudo. Contudo, observou-se que o Rituximabe apresentou bons resultados na melhoria dos sintomas, como a xeroftalmia, xerostomia e fadiga, provando ser uma opção pertinente a ser pesquisada no tratamento da SS.

     

  • Palavras-chave
  • Síndrome de Sjogren, Anticorpos Monoclonais, Rituximabe.
  • Área Temática
  • Temas Livres
Voltar
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva

Comissão Científica