O TRATAMENTO COM RITUXIMABE PARA A SÍNDROME DE SJOGREN
INTRODUÇÃO:A Síndrome de Sjögren (SS) é uma patologia sistêmica que afeta glândulas exócrinas.Por ser uma doença autoimune, pode-se realizar o tratamento com anticorpos monoclonais, produzidos artificialmente para epítopos específicos do antígeno. Para a SS, o utilizado é o Rituximabe, um anti-CD20.
METODOLOGIA:O estudo foi realizado por meio de uma revisão da literatura nacional e internacional, retirada dos bancos de dados PubMed, Medline e Scielo. Os artigos utilizados foram publicados a partir do ano de 2006. As palavras-chave utilizadas foram "Síndrome de Sjogren", "Anticorpos monoclonais" e "Rituximabe".
DISCUSSÃO:A Síndrome de Sjogren é uma patologia sistêmica inflamatória crônica e autoimune, tendo repercussões clínicas principalmente nas glândulas salivares e lacrimais, caracterizadas por casos de xeroftalmia e xerostomia. O quadro imunológico dessa síndrome ocorre por um mecanismo de infiltração linfocitária T e B nessas glândulas. Essas células B, em condições normais, estão associadas em sua superfície ao antígeno CD20, responsável pelo processo de maturação e diferenciação dessa célula, que produz anticorpos. Contudo, na SS esses linfócitos B estão hiper reativos produzindo autoanticorpos, capazes de atacar o próprio organismo. Em vista disso, uma opção terapêutica estudada para essa síndrome é o Rituximabe um anticorpo monoclonal, anti-CD20. Esse medicamento ao associar seu CDR (região determinante da complementaridade) ao antígeno CD20 provoca uma reação citotóxica, levando a uma depleção de linfócitos B e, consequentemente, impedindo a produção de novos autoanticorpos. Na literatura abordada foi constatado que, na maioria dos estudos, ao utilizar o Rituximabe houve uma melhora nos sintomas de fadiga, no ressecamento e na morfologia das glândulas, além do aumento da produção de saliva. Todavia, observou-se um maior número de fatores ativadores de linfócitos B (BAFF), responsáveis por estimular a maturação de novas células B, podendo comprometer o tratamento.
CONCLUSÃO:A partir desse estudo, foi evidenciado que não há um consenso sobre a eficácia do tratamento com o Rituximabe, devido as diferentes metodologias utilizadas nas referências abordadas, como na seleção de candidatos e no período de estudo. Contudo, observou-se que o Rituximabe apresentou bons resultados na melhoria dos sintomas, como a xeroftalmia, xerostomia e fadiga, provando ser uma opção pertinente a ser pesquisada no tratamento da SS.
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Isadora
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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